ATA DA SEPTUAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 05-9-2007.

 


Aos cinco dias do mês de setembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e três minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Dr. Raul, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste e Newton Braga Rosa. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Informação nos 143, 144 e 145/07 (Processos nos 6726, 6727 e 6728/07, respectivamente), e os Pedidos de Providência nos 3735 e 3736/07; pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Pedido de Providência nº 3629/07; pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 3737 a 3743/07; pelo Vereador Carlos Comassetto, os Pedidos de Providência nos 3625 a 3628/07; pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providência nº 3734/07; pelo Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Lei do Legislativo nº 163/07 (Processo nº 5007/07); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providência nos 3703 a 3733/07; pelo Vereador Márcio Bins Ely, os Pedidos de Providência nos 3676 e 3677/07; pela Vereadora Margarete Moraes, os Pedidos de Providência nos 3622 a 3624, 3651 e 3654/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Pedidos de Providência nos 3630 a 3650, 3652, 3653, 3655, 3657 a 3675, 3678 a 3702/07; pelo Vereador Mario Fraga, o Projeto de Lei do Legislativo nº 185/07 (Processo nº 6275/07); pela Vereadora Maristela Meneghetti, o Pedido de Providência nº 3656/07. Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: s/nº, encaminhando Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07 (Processo nº 6195/07); e de nº 979/07, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07 (Processo nº 6777/07). Ainda, foi apregoado o Memorando nº 294/07, firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa da Vereadora Neuza Canabarro, hoje, na cerimônia de aposição do retrato do ex-Presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Alceu Collares, na Câmara dos Deputados, em Brasília – DF. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 913/07, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 2471, 2472, 2844 e 3697/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Sexagésima Sexta e Sexagésima Sétima Sessões Ordinárias e da Vigésima Sessão Solene. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à Senhora Célia Machado Gervasio Chaves, Presidenta da Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR –, que apresentou dados sobre o uso de medicamentos pela população, afirmando que essas drogas não devem ser vistas como bens de consumo, e sim como instrumentos terapêuticos cuja utilização deve ser feita em situações específicas e com prazos pré-determinados. Nesse sentido, defendeu políticas públicas que abranjam não apenas a aquisição e distribuição de remédios, mas busquem a conscientização quanto aos riscos envolvidos na medicação inadequada ou abusiva. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Claudio Sebenelo, Carlos Comassetto, Dr. Raul, José Ismael Heinen e Márcio Bins Ely manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foram apregoadas as seguintes Emendas: de nos 03, de autoria do Vereador Dr. Raul, e 04, de autoria do Vereador Maria Celeste, ao Projeto de Lei do Executivo nº 016/07 (Processo nº 6192/07); de nos 02, de autoria do Vereador Dr. Raul, e 03, de autoria da Vereadora Maria Celeste, ao Projeto de Lei do Executivo nº 017/07 (Processo nº 6195/07). Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 6ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Executivo nos 016 e 017/07, discutidos pelos Vereadores Marcelo Danéris, Márcio Bins Ely, João Antonio Dib, Guilherme Barbosa, Ervino Besson e Carlos Comassetto. Na oportunidade, a Senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, de alunos e das Professoras Liamara Quemelo, Naraiana Lima, Ester Crhenpac e Lúcia Fonseca, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Centro Integrado de Desenvolvimento, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Newton Braga Rosa saudou o início, hoje, da primeira etapa do processo de implantação da bilhetagem eletrônica nos ônibus de Porto Alegre, esclarecendo que esse sistema substituirá fichas de vale-transporte e carteiras de identificação por cartões de crédito eletrônicos. Sobre o assunto, destacou que esse projeto é um bom exemplo de parceria público privada e permitirá mais controle e racionalização dos serviços de transporte coletivo da Cidade. O Vereador Ervino Besson elogiou a exposição fotográfica “Câmara em Ação”, montada no saguão do Plenário Otávio Rocha, que registra cenas do quotidiano vivenciado pelos Vereadores de Porto Alegre. Ainda, citou o transcurso, hoje, do Dia do Taxista e convidou todos para a exposição inaugurada no dia primeiro de setembro do corrente, na Usina do Gasômetro, intitulada “No ar – 50 anos de vida”, que apresenta momentos da história dos meios de comunicação no Brasil nos últimos cinqüenta anos. O Vereador Alceu Brasinha discorreu sobre as obras realizadas pelo Prefeito José Fogaça em Porto Alegre, convidando os Senhores Vereadores para visitarem esses empreendimentos por ocasião do aniversário de mil dias do Governo Municipal. Nesse sentido, historiou a construção e os problemas da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia ao longo do tempo, ressaltando os esforços da Governadora Yeda Crusius para a ampliação e reforma dessa via pública. O Vereador Adeli Sell reportou-se à entrega, a esta Casa, ontem, por parte do Prefeito José Fogaça, do Projeto de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre, analisando artigos dessa proposição, que, na opinião de Sua Excelência, são conflitantes entre si, e aludindo à importância dos debates sobre o Plano Diretor. Ainda, comentou a morosidade nas obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia e criticou a situação da segurança pública no Estado e no Município. O Vereador Haroldo de Souza registrou o recebimento de correspondência enviada a Sua Excelência pela Senhora Elenara Nunes, na qual são questionadas medidas do Governo Municipal, relativas ao Programa de Saúde da Família. Ainda, replicou críticas de integrantes do Partido dos Trabalhadores aos gastos da Prefeitura com publicidade e discorreu acerca de denúncias de envolvimento de políticos ligados ao Governo Federal em casos de corrupção e desvio de verbas públicas. O Vereador Claudio Sebenelo contestou a postura do Vereador Marcelo Danéris na discussão, em Pauta Especial, os Projetos de Lei do Executivo nos 016 e 017/07, que tratam do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Além disso, elogiou a gestão do Senhor José Francisco Mallmann na Secretaria Estadual da Segurança Pública, aplaudindo a realização de blitze pela Brigada Militar e afirmando que diversas medidas estão sendo tomadas no combate à criminalidade. A seguir, o Vereador Carlos Todeschini formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando a inclusão do Requerimento nº 109/07 no conjunto de matérias a terem suas apreciações priorizadas na Ordem do Dia de hoje, tendo se manifestado a respeito o Vereador Adeli Sell. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 260/06, 153 e 171/07, os Projetos de Resolução nos 071 e 074/07; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/07, discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, Sofia Cavedon e Márcio Bins Ely, os Projetos de Resolução nos 069 e 073/07. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen abordou a elevação da carga tributária brasileira, examinando a possibilidade de a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira – CPMF – tornar-se permanente, a partir de votação no Congresso Nacional. Ainda, discutiu dados sobre o aumento da folha de pagamento do funcionalismo federal ao longo dos últimos anos, em contrapartida com os índices de desemprego no País. A Vereadora Clênia Maranhão registrou a entrega a este Legislativo, ontem, do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07, que altera o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre. Também, frisou a relevância dessa Lei para a organização da Cidade, enalteceu a forma como essa proposta foi discutida pelo Governo com a população e noticiou que o Secretário do Planejamento Municipal, José Fortunati, deve comparecer a esta Casa para apresentar esse Projeto. Em continuidade, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, a Senhora Presidenta concedeu TEMPO ESPECIAL à Vereadora Clênia Maranhão, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, no dia três de setembro do corrente, no Fórum do Movimento “Mulheres da Verdade”, no Centro de Estudos Estratégicos Avançados do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP –, em São Paulo – SP. Após, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal, formulado pela Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Na oportunidade, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca de defeito na exibição, pelo painel eletrônico, do Nome Parlamentar de Sua Excelência, tendo a Senhora Presidenta informado que a correção dessa falha está sendo providenciada. Em prosseguimento, a Vereadora Clênia Maranhão formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezessete horas e dezenove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e vinte e sete minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 095/06, considerando-se rejeitado o Veto Total a ele aposto, por vinte e cinco votos SIM e um voto NÃO, após ser discutido pelas Vereadoras Margarete Moraes e Clênia Maranhão, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon e NÃO o Vereador Almerindo Filho. Em Votação, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo nº 013/07 seja considerado em regime de urgência e submetido à reunião conjunta de Comissões Permanentes. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos 109 e 104/07. Na ocasião, em face de Questão de Ordem e manifestações formuladas pelo Vereador Luiz Braz, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca do teor do Requerimento nº 104/07, tendo a Vereadora Sofia Cavedon se manifestado sobre o assunto. A seguir, o Vereador Haroldo de Souza formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando que os Requerimentos nos 106 e 107/07 não fossem apreciados conjuntamente, tendo a Vereadora Sofia Cavedon se manifestado a respeito do assunto. Em Votação, foram aprovados os Requerimentos nos 106 e 107/07. Na oportunidade, o Vereador Haroldo de Souza manifestou-se em relação a aparte anti-regimental da Vereadora Maristela Maffei durante a votação do Requerimento nº 106/07. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 243 e 245/06. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 070/05, considerando-se prejudicado o Projeto original. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 079/07 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Às dezessete horas e quarenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e cinqüenta e um minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, foi apregoada a Emenda nº 05, de Iniciativa Popular, de autoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul – SIMERS –, do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Casas de Saúde do Rio Grande do Sul – SINDISAÚDE-RS – e do Sindicato dos Enfermeiros no Estado do Rio Grande do Sul, ao Projeto de Lei do Executivo nº 016/07. Às dezessete horas e cinqüenta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Maristela Meneghetti e pelo Vereador Aldacir Oliboni e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha João Carlos Nedel. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Srª Célia Chaves, Presidenta da Federação Nacional dos Farmacêuticos, está com a palavra, para tratar de assunto relativo ao uso racional de medicamentos, pelo tempo regimental de dez minutos.

 

A SRA. CÉLIA CHAVES: Boa-tarde, Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores desta Casa, nós gostaríamos de, em primeiro lugar, agradecer, em nome da Federação Nacional dos Farmacêuticos, a oportunidade de manifestação nesta Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre, em especial, ao Ver. Comassetto, que nos lembrou desta possibilidade.

O tema que escolhemos - o uso racional de medicamentos - foi pela importância que tem tido nos últimos anos no nosso País e no mundo inteiro. O conceito de uso racional de medicamentos, segundo a Organização Mundial de Saúde, significa utilizar um medicamento de modo a maximizar a sua eficácia e minimizar o risco das reações adversas a um custo razoável. Ou seja, o uso de medicamentos se torna racional quando o paciente recebe os medicamentos apropriados para a sua situação clínica, nas doses que satisfazem as suas necessidades individuais, pelo tempo necessário e ao menor custo possível para ele e para a comunidade em geral, e, eu diria, inclusive, no nosso caso, no nosso País, para o sistema público, o SUS.

Mais do que isso, o acesso racional pressupõe a obtenção do medicamento adequado para uma finalidade específica, em quantidade, tempo e dosagem suficientes para o tratamento correspondente, sob a orientação e a supervisão de profissionais qualificados, incluindo o recebimento de informações e o acompanhamento dos resultados inerentes à atenção da saúde. Sem tais características, o acesso a medicamentos torna-se irracional e indiscriminado, distanciando-se de sua finalidade terapêutica, com sérios riscos para a saúde e para a vida das pessoas, atendendo exclusivamente a interesses meramente comerciais.

O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%.

Para alertar a população sobre os riscos da automedicação, a Política Nacional de Medicamentos do Ministério da Saúde procura conscientizar os brasileiros sobre utilização racional desses produtos. A Portaria nº 3.916/98 tem como propósito garantir a necessária segurança, eficácia, qualidade dos medicamentos, a promoção do seu uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais.

No que diz respeito à promoção do uso racional de medicamentos, um aspecto prioritário é a informação relativa às repercussões sociais e econômicas do receituário médico no tratamento principalmente no nível ambulatorial de doenças prevalentes. Paralelamente, é dada ênfase também ao processo educativo dos usuários ou consumidores sobre os riscos da automedicação, da interrupção e da troca da medicação prescrita, bem como quanto à necessidade da receita médica, no tocante à dispensação de medicamentos tarjados. Todas essas questões devem ser objeto de ações, atividades dirigidas aos profissionais prescritores e aos dispensadores.

A assistência farmacêutica, na qualidade de componente do direito à assistência terapêutica integral, devido ao papel que os medicamentos alcançaram na terapêutica contemporânea e aliada ao caráter essencial desses produtos para a saúde e para a vida da população, não deve se limitar à aquisição e distribuição de medicamentos, cabendo ao Poder Público adotar medidas destinadas à promoção do uso racional desses produtos, tanto no setor público quanto no privado, haja vista a relevância pública de suas ações no campo da Saúde.

No mesmo sentido, a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, publicada em 2004, através da Resolução nº 338 do Conselho Nacional de Saúde, engloba a promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo.

Segundo essa política, as ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando a uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis voltados para a melhoria da qualidade de vida.

Para a Política de Medicamentos, é necessário incorporar qualidade na Assistência Farmacêutica visando a impactar o processo de utilização de medicamentos, incrementando a racionalidade desse uso no Brasil. Além disso, é importante denunciar as dificuldades para promover o uso racional, em um contexto social que privilegia o medicamento como um bem de consumo mais do que como um instrumento terapêutico.

Nesse sentido, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, desenvolve várias medidas para combater a propaganda abusiva de medicamentos. Segundo as autoridades em Saúde, a propaganda causa grande motivação no uso irracional e prejudicial de medicamentos. De acordo com dados do Projeto de Monitoração de Propaganda da Anvisa, cerca de 90% desses comerciais apresentam algum tipo de irregularidade. A situação é mais alarmante na publicidade direcionada a médicos e farmacêuticos, em que 15% de 1.500 propagandas de medicamentos de venda sob prescrição analisadas pela Anvisa não apresentavam cuidados e advertências; 14% não alertavam sobre as contra-indicações e mais de 10% continham afirmações sem comprovação de estudos científicos.

Em 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Federação Nacional dos Médicos – Fenam - e a Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar - promoveram em Brasília o Seminário Nacional sobre Propaganda e Uso Racional de Medicamentos. Na ocasião, foi discutida uma possível cooperação entre a Anvisa, as Federações dos Médicos e Farmacêuticos e os Conselhos Federais de Medicina e Farmácia desenvolvendo parcerias em favor do uso racional de medicamentos e debatendo o impacto que a propaganda desses produtos exerce na atividade desses profissionais e nos hábitos da população. Como conseqüência, recentemente tivemos a criação, pelo Ministério da Saúde, do Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos, que tem como atribuição propor políticas públicas e ações relacionadas à promoção do uso racional, do qual a Federação faz parte.

Outra importante medida foi a regulamentação, pelo Governo Federal, da dispensação de medicamentos de forma fracionada no País, por meio do Decreto nº 5.348, de 2005, que busca a promoção do uso racional de medicamentos e da defesa dos direitos econômicos e sanitários do consumidor e usuário de medicamentos. Além do prejuízo econômico para os consumidores, os medicamentos que sobram acarretam prejuízos sanitários, pois são geralmente guardados inadequadamente em algum armário ou gaveta em nossas residências, propiciando a oportunidade para o uso irracional e indevido desses produtos ou futuros casos de intoxicações graves.

Enquanto isso, o controle social vem discutindo o uso racional de medicamentos nas diversas conferências de Saúde – estamos aí rumando para a 13ª - e na 1ª Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, realizada em 2003.

Outra medida importante foi a realização, em 2005, em Porto Alegre, do 1º Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de Medicamentos.

Neste ano, de 15 a 18 de outubro, acontecerá em Florianópolis o 2º Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de Medicamentos. Em texto de apresentação do evento intitulado “Incorporando o Uso Racional de Medicamentos à Agenda de Saúde do Brasil”, lê-se: “As alternativas que se apresentam como instrumental técnico à racionalização do uso e dos gastos com medicamentos, na perspectiva da manutenção dos sistemas de saúde universais e equânimes, estão fundamentadas na medicina baseada em evidência e na farmacoeconomia. Essas ferramentas, bem como a prática do uso racional de medicamentos, entretanto, ainda não fazem parte do cotidiano dos serviços de Saúde”

Nesse sentido, o Ministério da Saúde, Anvisa, OPAS e várias universidades e entidades brasileiras vêm desenvolvendo e apoiando uma série de atividades destinadas a difundir e qualificar profissionais de Saúde para o uso racional de medicamentos.

O dever constitucional de garantir o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde, e a necessidade de reduzir o risco de doenças e de outros agravos por meio de políticas sociais e econômicas, aliados ainda à relevância pública das ações e dos serviços de Saúde e à função social da propriedade, indicam a importância de uma iniciativa do Poder Público voltada para a eficiência do sistema de distribuição de medicamentos e a promoção do uso racional desses produtos segundo as demandas epidemiológicas e sanitárias da população, em busca da resolutividade das ações de saúde e do pleno exercício desse direito fundamental do ser humano. Todo medicamento tem riscos, portanto a sua utilização deve propiciar o máximo benefício com o mínimo risco. Só deveriam existir medicamentos eficazes e seguros, condição para o uso racional. Só o uso racional de medicamentos contribui para a saúde com qualidade de vida. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Muito obrigada, Srª Célia. Convidamos a Srª Célia Chaves a fazer parte da Mesa.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Dra Célia Chaves, meus cumprimentos pela coragem e pela postura. Quando nós entramos num botequim, lá no fim da linha onde a gente mora, e pedimos um comprimido de Melhoral, fazemos isso em função, primeiro, da propaganda e, segundo, pela eficiência, pois é um medicamento que tem ácido acetilsalicílico e cafeína. Mas, principalmente, nós estamos esquecendo que eles podem produzir úlcera péptica, sangramentos digestivos - é um antiagregante plaquetário -, alterações sanguíneas, inclusive petéquias, que aparecem na pele como manifestações, mas pode ter micromanifestações neurológicas, e, no entanto, é um remédio absolutamente consumido em massa, sem nenhum aviso à população; quem avisa a população, em geral, são os farmacêuticos.

Nós estamos em plena crise da ética na pesquisa, se faz pequena pesquisa e grande disseminação de medicamentos, inclusive para o mal do século, que se chama depressão. Os antidepressivos, todos eles, têm intensos efeitos colaterais, mas são liberados em função da necessidade e do desamparo e da desospitalização que fizeram com os nossos pacientes psiquiátricos. O brasileiro tem a verdadeira mania de automedicação. As questões éticas experimentais estão associadas ao monopólio dos laboratórios, à falta de ética na pesquisa e, principalmente, à questão econômica, à regulação econômica do uso de medicamento, o que para nós, talvez, seja, dentro da química fina, o maior dilema que enfrentamos hoje. Por isso, eu quero cumprimentá-la pela denúncia, pela coragem e, principalmente, pelo bem que a senhora está fazendo à população de Porto Alegre. Meus parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; em nome do Partido dos Trabalhadores, gostaria de cumprimentar a Srª Célia Chaves, Presidenta da Federação Nacional dos Farmacêuticos, bem como a Srª Débora, Presidenta do Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul. Quero dizer que o tema, farmácia e medicamento, não é mercado. Isso é o que está inserido, hoje, na cultura nacional, e quando a senhora traz para este plenário a discussão, nada mais, nada menos, do que a boa e a bem utilização dos fármacos, não podemos esquecer que se está comprando uma briga com uma das maiores indústrias do mundo, a indústria dos fármacos. Porque essa indústria química é tão poderosa que prevalece, na mídia, a todo o momento, vendendo medicamentos como se fosse a melhor solução do mundo. Nós sabemos que os medicamentos vêm para encontrar soluções, mas quando são mal-utilizados geram problemas; e os resíduos dos medicamentos, jogados no meio ambiente, ocasionam um desequilíbrio fantástico. Portanto, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, gostaríamos de cumprimentá-la e dizer que estamos a postos para ajudar a construir, não só, a legislação nacional que está para ser votada no Congresso Nacional, mas, principalmente, para se fazer cumprir as legislações já existentes, inclusive no âmbito do nosso Município. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL: Exma Srª Verª Maria Celeste, Presidente da Casa; Exma Srª Célia Chaves, Presidenta da Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar -, é com muita satisfação que a gente se solidariza com a questão dos medicamentos. Falo em nome da Bancada do PMDB, dos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Haroldo de Souza e Sebastião Melo; também pela Bancada do PP, dos Vereadores João Dib, Newton Braga Rosa e João Carlos Nedel, associando-nos a essa luta, que é uma luta tão importante. No meu caso específico, como médico, há três décadas, praticamente, trabalhando na área da Saúde, a gente nota, no dia-a-dia, o quanto nós somos forçados a receitar um medicamento para uma pessoa em função da cultura que se criou, no País, de que a pessoa vai ao médico e precisa sair dali com um medicamento. E a gente sabe do benefício de um medicamento bem indicado e do malefício de um medicamento mal-indicado, que pode vir a causar idiossincrasias, enfim, problemas sérios para a saúde.

Por outro lado, nós temos de nos solidarizar com programas importantes como o da “Farmácia Popular”, que veio para trazer medicamentos como os antidiabéticos, anti-hipertensivos, anticoncepcionais hormonais, a preços muito baratos, para que toda a população possa fazer o seu planejamento familiar e também tratar essas doenças graves, crônico-degenerativas, como é o diabete, como é a hipertensão e todos os males que causam.

Também gostaria, para finalizar, de referir a questão da obrigação dos Governos. A nossa Constituição faz com que os medicamentos para doenças mais graves, mais caros, possam ser dados para a população gratuitamente - nós achamos isso de extrema importância. Por outro lado, acreditamos que devam ser dados aqueles medicamentos que tenham comprovada eficácia. Nós sabemos que existe muita pesquisa e muita especulação nessa área do ramo farmacêutico, mas nós acreditamos em protocolos sérios, que façam os governos realmente terem condição de dar para as pessoas aqueles medicamentos de que elas realmente vão se beneficiar e não a indústria farmacêutica. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; Exma Srª Célia Chaves, Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, quero, em nome do Democratas, me solidarizar com esse movimento, com essa manifestação, com esse clamor. Aqui falaram médicos explicando o que o remédio faz, e o que eu entendo de remédio é referente ao que sai do meu bolso a cada final do mês: são 500 ou 600 reais, e a dificuldade de chegar aos médicos. Agora, vamos imaginar aquele povo que mais precisa.

Então, temos um desafio muito grande, não é tanto a racionalização ou a utilização da Saúde no Brasil, mas o uso racional, a fragmentação das receitas. Acho que diminuir os impostos dos nossos remédios é urgente, é um fator principal, primordial, insubstituível na vida do brasileiro. Logicamente, isso é um contexto complexo, mas, em cada setor que possamos ajudar um pouco, com certeza, melhorará um pouquinho mais a vida daquele que mais necessita. Parabéns e contem com a gente.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Gostaria de saudar a Srª Célia Chaves, Presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos – Fenafar; a nossa Presidente, Verª Maria Celeste, em nome de quem saúdo também os demais Vereadores e Vereadoras desta Casa. Saúdo o público que nos assiste nas galerias, pela TVCâmara, senhoras e senhores, Srª Célia, em nome da Bancada do meu Partido, o PDT, composta nesta Casa pelos Vereadores Nereu D’Avila, Neuza Canabarro, Ervino Besson, Mario Fraga e Márcio Bins Ely, gostaria de saudar V. Exª pelo pronunciamento que fez na data de hoje com esse importante tema em debate, que é justamente o uso racional de medicamentos. Sabemos como é importante que se possa estabelecer um conceito nacional de racionalização dos medicamentos e que se possa também, de alguma maneira, combater essa propaganda desenfreada.

Quero dizer que, por opção e também por determinação partidária, faço parte da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, e realmente percebemos que muito já se avançou nessa área dos medicamentos, inclusive com essa quebra no número da compra fechada dos medicamentos, permitindo que as pessoas comprem o número exato que necessitam para o seu tratamento. Acho que isso foi um avanço importante, mas muitos outros temas relacionados a essa área ainda farão parte da pauta dos debates. Quero dizer que estaremos solidários e caminhando em conjunto com a Fenafar para justamente proporcionarmos à população condições de realmente avaliar o que é necessário comprar, o que é necessário para medicar, e que se possa frear o uso descontrolado dos medicamentos. Bom trabalho. Seguimos firme na luta. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerramos o período da Tribuna Popular.

Agradecemos a presença da Srª Célia Chaves, representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h39min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste – às 14h40min): Estão reabertos os trabalhos.

Apregoamos a Emenda nº 02 ao PLE nº 017/07 (Lê.): “Altera a Lei nº 9.814, de 29 de agosto de 2005. Anexo: I. Programa: Receita é Saúde. Ação: Centro de Atendimento de Planejamento Familiar. Justificativa: o planejamento familiar deve ser considerado prioridade absoluta em saúde pública. Os recursos necessários para levá-lo à população são insignificantes quando comparados com o custo social da exploração de gestações não-planejadas hoje em dia. Além dos atendimentos realizados na rede básica de saúde é necessário um órgão centralizador para execução das políticas de concepção e contracepção, objetivando a ampla informação, orientação e execução da terapêutica clínica ou cirúrgica no que se refere ao planejamento familiar”. A Emenda é de autoria do Ver. Dr. Raul.

Apregoamos a Emenda nº 03 ao PLE nº 017/07 (Lê.): “Anexo: I. Programa: ‘Cidade Acessível’. Órgão de Execução: Secretaria Municipal de Obras e Viação. Finalidade: melhorar as condições de fluidez do trânsito na Zona Norte da Cidade e de funcionamento do Porto Seco”. A Emenda é de autoria desta Vereadora.

Apregoamos a Emenda nº 03 ao PLE nº 016/07 (Lê.): “Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para 2008 e dá outras providências. Anexo I. Programa: A Receita é Saúde.” A Emenda é de autoria do Ver. Dr. Raul.

Apregoamos a Emenda nº 04 ao PLE nº 016/07 (Lê.): “Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para 2008 e dá outras providências. Anexo I. Programa: Cidade Acessível.” A Emenda é de autoria desta Vereadora.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Ata das 66ª e 67ª Sessões Ordinárias e da 20ª Sessão Solene. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

Passamos à

 

PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(06 oradores/10 minutos/com aparte)

 

6ª SESSÃO

 

PROC. Nº 6192/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 016/07, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2008 e dá outras providências. Com Emendas nos 01 e 02.

 

PROC. Nº 6195/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/07, que altera a Lei nº 9.814, de 29 de agosto de 2005, alterada pela Lei nº 10.064, de 10 de outubro de 2006, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2006-2009 e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos acompanha aqui, público que nos acompanha na TVCâmara, nós estamos na última Sessão de debate sobre a LDO e o Plurianual. Eu não canso de repetir - acho que é importante para a população, principalmente para os que nos acompanham pela TVCâmara - que o Plurianual é um Projeto aprovado no início da gestão e que apresenta as diretrizes, os desejos, as vontades, o programa da atual gestão para os quatro anos. Portanto, as pessoas não estão confusas, é isto mesmo. Este Plurianual, um remendinho de 200 páginas, que a Câmara está tratando, este já deveria estar aprovado em 2005 e já estar vigendo para toda a gestão da Governança Fogaça, porque aqui está o Programa de Governo do Governo Fogaça, mas, infelizmente, foi aprovado em 2005, foi feito um remendo em 2006 e um novo remendo em 2007; e não é um remendo qualquer; é um remendo de 200 páginas, que muda as metas, os objetivos da Administração para os quatro anos - e muda para pior, quero mostrar isto no nosso debate.

E tem a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que define as diretrizes, o que vai ser gasto no Orçamento de 2008, e, infelizmente, também tem uma confusão de dados, números e metas que estão em contradição, inclusive, com o Plano Plurianual, quando deveria estar registrado nos dois.

Eu já disse aqui que este Orçamento, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, nós só podemos considerar como uma peça de ficção, porque, tratando do Orçamento dos outros anos e da execução, nós percebemos que não foram realizados os gastos de investimento, por exemplo. Mas o mais grave é que não foram realizados os gastos e os investimentos com a Saúde, justo na Saúde, em que a Cidade enfrenta a maior crise das últimas duas décadas . É crise para todos os lados, nos locais de pronto atendimento, no HPS, e agora no Programa Saúde da Família, ou seja, é a maior crise da Saúde, que já derrubou um Secretário. O Vice-Prefeito teve que assumir e, depois de assumir, já gerou outra crise.

Pois esta Prefeitura, que vive a crise da Saúde, propôs gastar, em investimentos para a Saúde, 16 milhões, e gastou 990 mil; propôs gastar 6 milhões e 500 mil em publicidade, mas já gastou 14 milhões e 100 mil reais em publicidade. Portanto, este Vereador apresentou uma Emenda, limitando o gasto do Orçamento em 0,3% para publicidade, e isto vai dar em torno de 7 milhões de reais, que é o necessário para a Prefeitura não só fazer a propaganda do que realizou - se é que este Governo tem alguma coisa para mostrar -, mas também fazer a publicidade necessária das áreas da Saúde, a publicidade legal e assim por diante.

Um dos estranhamentos no Plano Plurianual é que o Hospital da Restinga sumiu do Plano Plurianual; ele não está em 2007, não está em 2008 e não está em 2009. E o Hospital da Restinga era um compromisso dessa Gestão. E mais: ele iniciou as tratativas, os convênios, o terreno, tudo na Gestão anterior, era só dar continuidade. É óbvio que não é rápido, é óbvio que é demorado, é óbvio que dá problema, não se constrói um hospital do dia para a noite, mas o que não dá para fazer é retirar o Hospital das metas dessa Gestão. Eu estou apresentando uma Emenda recolocando o Hospital da Restinga nas metas de 2008; a meta passa a ser um ao invés de ser zero.

Mas o estudo da LDO é cada vez mais interessante, tal a confusão de números e a incapacidade de administração que tem a Governança Fogaça, pois entre elas está o seguinte, vou mostrar aqui para a TVCâmara (Mostra o Caderno da Prestação de Contas.) Os números são sempre produzidos por eles mesmos, não preciso nem inventar coisa, Ver. Bernardino. Este é o caderno de prestação de contas 2005/2006, da Prefeitura do Fogaça, não é o Vereador que está inventando. Aqui diz que, de 356 demandas do OP que foram atendidas, 161 demandas correspondem a decisões tomadas em gestões anteriores à gestão Fogaça, ou seja, da Administração Popular. Cento e sessenta e uma demandas, Ver. Todeschini, quando eles cantavam aqui que eram 600 e que já tinham realizado 350. Agora, viraram 161, mas o mais interessante é que neste caderno eles dizem que realizaram as 161 demandas, mas, na LDO de 2008, está aqui: estoque de demandas, demandas não-executadas no período de 1990 a 2004. Adivinhe qual é o número, Ver. Guilherme Barbosa? Cento e sessenta e uma demandas, ou seja, foram feitas ou não foram feitas essas demandas? Foram realizadas ou não, afinal? Este número serve para qualquer coisa, porque todo o ano se reproduz o mesmo número. Este ano vão fazer mais 161 demandas e 250 milhões de investimentos. Aí, chega o outro ano, as mesmas 161 demandas e os mesmos 250 milhões, e tudo é sempre anunciado como se fosse uma novidade. E aqui está na LDO, de novo. Talvez até fosse de retirar, quem sabe não se passaram, já realizaram essa demanda e, por engano, colocaram de novo? Mas como eu sei que eles não realizaram e a Cidade inteira sabe que não se realizaram e não se realizam obras que não aquelas que ficaram da Administração anterior, é melhor deixar para não prejudicar a população. Mas o certo, mesmo, seria tirar, porque isso seria uma redundância, eles anunciaram que já fizeram e, agora está na LDO para o ano que vem. Por certo fizeram em 2005/2006 e, agora, vem na LDO para 2008, para discutir em 2007.

No Plano Plurianual, o que tem de maior gravidade – como hoje é o último dia volto a salientar para a população saber muito bem com que governo está lidando - é o seguinte: as metas alteradas no Plano Plurianual... Poderíamos admitir: alterem as metas, alterem para melhorar a vida da população, para melhorar a qualidade de vida da Cidade. Mas, o que eles fazem? Além de fazerem um remendo com 200 páginas, o remendo é para piorar a vida do povo; a população sofre mais, principalmente na área da Saúde. Por quê? Eles reduziram as metas de leitos para o HPS. Está zerada a meta de assistência em Saúde Básica e Especializada.

Vou seguir informando aqui, porque a população não pode pegar este Plano todo para olhar; só se vier aqui na Câmara, mas as dificuldades são enormes.

As metas para o HPS – e o HPS vivendo a crise que está vivendo -, meta 2007: zero; meta 2008: zero; meta 2009 – nem vão estar mais governando -, zero, por via das dúvidas - sequer para o próximo Governo anunciaram alguma coisa. Isso foi para o Hospital de Pronto Socorro.

Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas: meta para 2007: zero; meta para 2008: zero; meta para 2009: zero. Esta é a atenção à Saúde, Ver. Dr. Raul, que este Governo quer dar.

Vamos pegar as metas do Fundo Municipal de Saúde para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas: zero nos três anos.

O Hospital da Restinga sumiu - isso eu já tinha falado -, sumiu daqui! Vamos relembrar o Governo Fogaça de que tem que colocar o Hospital da Restinga entre as suas metas.

O Programa Saúde da Família, que tem 82 equipes hoje, são as mesmas 82 equipes que estavam em 2004 - este Governo não aumentou em uma equipe sequer, Ver. Nilo. Além disso, reduziu a meta: de 165, em 2007; para 130, em 2008. Então, reduz o Programa Saúde da Família também.

O Pronto Atendimento: nós tivemos uma crise no PAM, há pouco, temos crise no atendimento da Saúde, quem sabe vão investir no Pronto Atendimento, quem sabe melhoraram as metas? Não. Meta para 2007: zero - era 1; meta para 2008: zero - era 1; meta para 2009: zero – era 1. Estas são as metas para o Pronto Atendimento no Governo Fogaça.

Pronto-Socorro Zona Sul: a meta de pessoas atendidas, para 2007, era de duas mil pessoas. É zero, agora. Para 2008, era de três mil pessoas, no Plurianual passado. É zero, agora. Em 2009, era de quatro mil pessoas, Ver. Ervino Besson. É zero, agora.

Qual é a prioridade desse Plurianual, desse remendo que o Governo manda para cá, que zera a maioria dos índices justamente nas áreas mais graves, como a Saúde em Porto Alegre? Esse é o compromisso desta gestão com a saúde do porto-alegrense? É por isso que nós vivemos essa crise, porque há 14 milhões para publicidade e 900 mil reais para a Saúde; porque as metas da Saúde são todas reduzidas.

Este aqui é o compromisso, Ver. Oliboni, que nós vemos quando nós temos uma crise, em todos os sentidos, na Saúde.

Por último, Srª Presidenta e Ver. João Antonio Dib - especialmente, que trata do assunto -, o cálculo atuarial do Previmpa, que deveria ter vindo uma Mensagem Retificativa para a LDO, não chegou. E a Liderança do Governo, que é uma ausência permanente no Plenário, não é capaz de dar uma resposta, de dizer qualquer coisa, não diz nada sobre o cálculo atuarial do Previmpa e a Câmara precisa saber para poder votar a LDO. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Quero saudar, na Visita Orientada, no dia de hoje, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Centro Integrado de Desenvolvimento, os 16 alunos que estão conosco. Sejam muito bem-vindos ao Plenário. Estão também as Professoras Liamara Quemelo, Naraiana Lima, Ester Crhenpac e Lúcia Fonseca. Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desta Casa realiza junto às escolas de Porto Alegre. Muito bem-vindos, na tarde de hoje, ao nosso Plenário e à nossa Casa. (Palmas.)

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar as demais Vereadoras e Vereadores desta Casa, público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores, em especial os alunos, os professores, funcionários do Colégio que abrilhantam a Sessão da tarde de hoje.

Venho a esta tribuna em Pauta Especial, em que corre pauta o PLE nº 016/07, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2008, e o PLE nº 017/07, que dispõe sobre o Plano Plurianual 2006/2009. Eu quero iniciar aqui a minha intervenção fazendo menção a essa sistemática do Plano Diretor, para que aqueles que nos ouvem também possam estar situados com relação a essa matéria, no sentido de que o Plano Diretor é organizado no primeiro ano de um governo, para ser executado nos quatro anos seguintes, sendo que o último ano do Plano Plurianual acaba interferindo no primeiro ano do governo subseqüente ao governo em questão.

Já me manifestei em outra oportunidade, fundamentalmente em dois aspectos: a criação de dois instrumentos públicos, duas ferramentas que entendo oportunas e relevantes para o conjunto do coletivo da sociedade porto-alegrense e que estão previstos no Plano Plurianual deste Governo, que foi a criação de Secretaria da Juventude e a criação da Secretaria de Acessibilidade - que prevêem a implantação de políticas públicas, metas, desafios e atividades que possam antever uma ação de governo voltada para os jovens e uma ação de governo voltada para as pessoas portadoras de deficiências.

Hoje eu gostaria de me ater a um posto específico da questão abordada na Lei de Diretrizes Orçamentárias, no que diz respeito à área da Saúde, porque, por opção própria, mas também por delegação Partidária, faço parte da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, e, ontem, em visita da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, acompanhado dos Vereadores que integram essa Comissão - o Dr. Raul, Ver. Oliboni, Ver. Newton Braga Rosa - e mais a equipe de assessoria, nós tivemos um debate muito frutífero com a equipe que coordena hoje o complexo do Parque Belém - o Hospital Sanatório Parque Belém -, que realmente demonstra que tem uma estrutura física importante e imponente, hoje acolhendo 200 leitos, mas com capacidade para 500 leitos. E dizia o Ver. Oliboni, numa intervenção durante a nossa conversa com o Dr. José Bonifácio Glass – que é o Presidente do Conselho -, com o Dr. Raul Pilla - que é o administrador do Hospital -, com o Dr. Artur Pereira, que foi diretor do HPS, até pouco tempo e que hoje está trabalhando no sentido de fortalecer o atendimento médico na Zona Sul - que nós sabemos que hoje há uma carência da nossa Cidade -, e surgiu a possibilidade de construirmos, junto com o Governo, uma Emenda parlamentar a este Projeto que tramita na Casa, via Comissão de Saúde e envolvendo todas as Bancadas que têm compromisso com a questão de saúde, fundamentalmente na área da Zona Sul. Digo isso porque sou morador da Zona Sul e porque ficou bem claro que existe a intenção de se construir e oferecer para a comunidade do Extremo Sul e Sul da Cidade um pronto-socorro no espaço físico do Parque Belém.

Ver. Claudio Sebenelo, se realmente fizermos uma engenharia e conseguirmos construir com o Governo uma alternativa para esse tema, estaremos dando uma grande colaboração para a área da Saúde do Extremo Sul e Sul da nossa Capital. Fundamentalmente fazendo um grande trabalho em que se possa organizar uma costura e uma interlocução entre Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal, e onde a Câmara possa ser a protagonista do debate, a intermediadora desses interesses das comunidades mais carentes, no que diz respeito à área da Saúde no Extremo Sul e na Zona Sul da Capital.

 

O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio Bins Ely, agradeço pelo aparte e, ao mesmo tempo, parabenizo V. Exª pela manifestação em relação à Saúde. Quero dizer que este tema mexe com milhares de pessoas na Zona Sul. Muitas pessoas pensam que o pronto-socorro da Zona Sul é só com o Hospital da Restinga; muitos pensam que é o pronto-socorro do Parque Belém. Se nós observarmos a Peça Orçamentária, as metas e ampliação são zero. Nós temos que realmente sensibilizar, através da Comissão de Saúde - e por isso nós levamos essa proposta ontem, em que o Governo Municipal e o Governo Estadual dão também a sua contrapartida -, essa idéia de unirmos as três esferas e buscarmos uma ampliação do Parque Belém, que é um compromisso que nós assumimos. Queria de pronto dizer que eu estou junto nessa caminhada, mas ela tem que ocorrer, de fato, e não apenas nós apresentarmos emendas aqui, porque, sabemos muito bem, no ano passado nós apresentamos e ela foi vetada.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Agradeço pelo aparte, Ver. Aldacir Oliboni.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Márcio, parabéns pelo trabalho que estás fazendo, mas só há uma solução: a mobilização da Bancada Federal, como se fez para o Aeroporto Salgado Filho, em que naquele ano todas as verbas tiveram sua convergência para o Pronto-Socorro Zona Sul. É uma idéia, já está sendo trabalhada, houve precursores, mas o óbice maior é a ausência de recursos tanto na área municipal, quanto estadual. Obrigado.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Agradeço pelo seu aparte, Vereador. Também tenho a nítida clareza de que realmente a única maneira de conseguirmos recursos para prover um Pronto-Socorro na Zona Sul ou uma Emergência 24 horas, Ver. Ervino - também um Vereador da Zona Sul -, será a partir do momento em que conseguirmos fazer uma interlocução entre as três esferas de Poder, porque percebemos a crise que está instalada no nosso Governo do Estado, infelizmente, em função das circunstâncias que se acumularam ao longo dos anos, e é talvez o Estado da Federação que menos investe percentualmente na Saúde. Nós percebemos, também, que, ao trabalhar somente através de emendas, estaríamos fazendo, praticamente, uma operação “tapa buraco”, e não conseguiríamos dar continuidade ao trabalho da maneira como gostaríamos e como se faz necessário neste ponto específico.

Então, com relação à questão que envolve especificamente a Lei de Diretrizes Orçamentárias, vamos ver se conseguimos abrir o debate; acho que ainda é oportuno para que possamos abordar esta matéria com o Poder Executivo, com a Comissão de Saúde e com aquelas pessoas que sabem da potencialidade do Hospital Parque Belém, que fica praticamente a cinco quilômetros da Restinga. Hoje, na Restinga, Ver. João Dib, temos aproximadamente 120 mil habitantes, e como bem nos relatou o próprio pessoal da equipe do Hospital, muitas vezes as ambulâncias passam reto em direção ao Hospital de Pronto-Socorro do Bom Fim, mas sabemos que nos casos que envolvem traumas e acidentes de trânsito é importante o atendimento rápido; às vezes 30 ou 40 minutos de deslocamento são cruciais para determinar a vida ou a morte de uma pessoa.

Então, gostaria de deixar, como contribuição, essa reflexão na Pauta Especial de hoje, que trata da Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje estamos na 6ª Sessão de Pauta Especial para discutir a LDO e o Plano Plurianual. Eu me inscrevi nas seis vezes e tenho a convicção de que não me repeti nas seis vezes. Hoje, talvez, eu deva repetir, porque até às 18 horas de hoje, nós estaremos aceitando emendas populares, que podem ser feitas por três entidades representativas da coletividade ou por 300 eleitores com o seu respectivo título.

Mas, Srª Presidenta e Srs. Vereadores, ontem houve uma Audiência Pública onde compareceram todos os integrantes da Comissão de Finanças e alguns outros Vereadores que não pertenciam à Comissão de Finanças. Lamentavelmente, parte da população não compareceu e a Audiência era pública. Foi colocado anúncio no Jornal do Comércio e também no Diário Oficial.

Bem, eu entendi, pelas explicações dadas pelos Secretários das diferentes áreas como Fazenda, Planejamento e Orçamento, que a Comissão de Finanças considerava-se satisfeita em razão da apresentação dos Projetos. O Ver. Adeli Sell disse que algumas coisas precisariam ser retificadas, e até fez isso dizendo, particularmente, porque eu havia dito que a minha inclinação, eis que vou ser o Relator dos dois Projetos, era de rejeitar todas as Emendas, porque entendo que o Vereador deve fazer a fiscalização do Executivo. O Executivo é que propõe a sua política, não me cabe fazer modificações a não ser alguma coisa retificativa, como bem colocou o Ver. Adeli Sell no dia de ontem.

Agora, Srª Presidenta, eu acho que deve ser proposto, e vou propor isso, que não haja necessidade de seis Pautas Especiais. Não há necessidade. Eu verifiquei, participei, como disse, das seis Pautas e a repetição dos dados, a repetição dos argumentos é fato incontestável. Considero, também, que não há necessidade de mais de cinco minutos para cada orador, porque se esse orador não puder expressar a sua opinião em cinco minutos, não o fará em dez. Então, aí começa a tratar de assuntos que não estão na Ordem do Dia, no caso da Pauta, que não são atinentes à Pauta, que são, portanto, anti-regimentais.

Eu faço votos de que os meus ilustrados colegas não façam muitas emendas, porque, como eu disse, a minha inclinação é de rejeitá-las. Mas, evidentemente, eu procurarei fazer, com todo o critério, a análise daquilo que for apresentado. Quero, também, chamar a atenção que nós não estamos votando o Orçamento, nós não podemos colocar valores; nós estamos votando a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Portanto, nós não vamos colocar obras aqui, nem valores destinados a esta ou aquela obra desejada por este ou aquele setor. Desta forma, Srª Presidenta, encerro a minha participação na discussão especial da Pauta, dos dois Projetos: a LDO e o Plano Plurianual, com as alterações que recebe, já que esta foi uma decisão da Câmara, quando, em 2005, aprovou o Projeto do Plano Plurianual, permitindo que houvesse alterações. E o Prefeito pretende, com isso, qualificar melhor o Plurianual e, também, dar mais transparência. Portanto, saúdo a todos. Saúde e PAZ! Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde a todos, cumprimento a nossa Presidenta, Verª Maria Celeste; todos os colegas Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, e também os telespectadores da TV Câmara. Também venho avaliar a proposta de modificação do Plano Plurianual do Governo Municipal, neste caderno de 200 páginas - não chega a tanto, porque no meio há várias folhas em branco, nós não entendemos por que -, mas, enfim, estão aqui e chegamos ao final com 200 folhas.

Eu, ontem, abordei algumas questões do projeto Cidade Verde e dizia que alguns projetos importantes ligados ao DMLU não tinham saído do papel, e algumas ações que eram exatamente na gestão da melhoria da administração do órgão tinham percentual zero em 2006; um percentual zero em 2007; a proposta para 2008 e 2009 é de percentual zero. Ficamos surpresos, porque a ação ainda está aqui, mas para tudo o percentual é zero, e, ao mesmo tempo, vemos a situação do DMLU. Tenho relatado, várias vezes, a situação da minha rua, onde a coleta do lixo não passa na hora; às vezes, quando é para passar às nove da manhã, só vai passar na madrugada do outro dia. Há uma explicação: além de estar no terceiro Diretor-Geral, não se trabalha, nada, na questão da administração do órgão. Aliás, ontem eu estava vindo para cá ouvindo a Rádio Bandeirantes, o programa apresentado pelo Farid Germano Filho, das 6h às 7h30min, e recebi um “torpedinho” de um senhor da Cidade, dizendo que lá na Vila Ipiranga, onde ele mora, simplesmente o caminhão do lixo não tinha passado no dia anterior. “Eu fiquei tranqüilo” - o Ver. Brasinha não está aqui, ele que sempre fica espantado quando eu comento -, porque achava que era só na minha rua; talvez tivessem descoberto que eu morava lá, por ser de oposição, e o caminhão não passasse. “Fiquei tranqüilo”, não é mais só comigo; em muitos locais da Cidade o caminhão não passa na hora que deveria passar. E relembrando, que a empresa ainda com contrato vigente, a PRT, abriu mão de 25% do seu trabalho, e o DMLU contratou outra empresa com valor mais caro do que pagava à PRT - isso não se podia aceitar -, e, mesmo assim, continua a dificuldade na coleta do lixo. Também tenho comentado que é difícil a gente ter uma grande consideração com esse documento, porque os dados não fecham. E aqui na página 162, na Ação 228, que diz respeito à SMAM - conservação das áreas de preservação permanente -, se a gente somar os percentuais - já falamos aqui em vários outros percentuais que chegam a 120% -, alguns chegam a 105%; em alguns o percentual é zero, e outros chegam a 105%. O que a gente verifica é que não há cuidado com o documento, que as pessoas colocaram aqui números só para “encher lingüiça”.

Vou mais adiante na avaliação deste Projeto de modificação do PPA e chego na página nº 174, ação nº 239 – obras do projeto de proteção contra as cheias no Sistema Cavalhada. Vereador Todeschini, V. Exª que trabalhou no DEP e, depois, foi Diretor do DMAE: obras do projeto de proteção contra as cheias no Sistema Cavalhada, para o DEP. Então, diz que esta ação já teve 50% realizada em 2006 e 50% realizada em 2007. Vossa Excelência, que é da Zona Sul, assim como eu, que circula pela Região, tem visto obra para proteção na bacia do Arroio Cavalhada, significando, no ano passado e neste ano, cem por cento das obras de proteção à cheia no Arroio Cavalhada? Onde estão essas obras? Realmente, eu não vi obra nenhuma; se existiu, foi pequena, o que não significaria 50% no ano passado e 50% neste ano.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)

Obrigado, Ver. Guilherme, eu cumprimento V. Exª pela manifestação e quero testemunhar que, este ano, eu participei de várias ações, porque houve alagamentos e inundações muito fortes ali na bacia do bairro Cavalhada. E não foi só uma vez, foram várias inundações. Inclusive, houve, por duas vezes, manifestação da comunidade da Vila Nossa Senhora das Graças e das outras vilas, como a Vila Montante, da Av. Icaraí, porque as pessoas tiveram as casas invadidas com até um metro e meio de água, perdendo tudo por várias vezes. Se não está me falhando a memória, um dos dias foi 3 de janeiro, e, depois, voltou a acontecer em outros dias de fevereiro e também em março. A única coisa que aconteceu, e estava acontecendo de forma muito precária, era a dragagem do Arroio, naquele trecho entre a Av. Icaraí e aquele muro de separação que pertence ao Jockey Club. Portanto, não existem obras; existe apenas um serviço de dragagem, muito localizado e muito atrasado. Inclusive, não havia explicações porque, por vários dias, a draga estava abandonada.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Perfeito, mas a ação se refere a obras. Está escrito aqui.

 

O Sr. Carlos Todeschini: Não existem, não conheço!

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Eu também não. Eu vou até fazer um Pedido de Informações, para que me digam onde estão essas obras, porque eu não as vi. Devem existir. Eu não digo que seja zero, mas eram pequenas e jamais, em 2006 e 2007, chegariam a cem por cento.

Eu agora me refiro ao Programa Viva o Centro, localizado no Centro da Cidade. Na página nº 180, temos a Ação 248: Centro Popular de Compras - o famoso camelódromo. Diz aqui: Implementação do Centro Popular de Compras, disponibilizando, enfim, o que a gente conhece. Unidade medida: reordenamento do comércio no centro de Porto Alegre, em percentual. E aqui me dirijo ao ex-Secretário da SMIC, Adeli Sell, porque diz, no item reordenamento do comércio no Centro de Porto Alegre, em percentuais, que em 2006 foi feito 60% do trabalho, Ver. Dib, e que, agora, em 2007, o percentual subiu para 75%. Sei que esse é um trabalho muito difícil, muito complexo, mas quem anda no Centro da Cidade não vê isso, absolutamente, porque aumentou o número de camelôs nas ruas. E, nesse item, eu sou econômico na crítica, porque sei que esse trabalho é difícil. No entanto, o que a gente não pode aceitar é que se diga, aqui, numa avaliação feita, que 60% dos ambulantes já foram reordenados em 2006 e que, em 2007, foram 75%. Ora, “é outra história para boi dormir”! O que a gente vê é o número crescente de pessoas vendendo nas calçadas do Centro.

E, com relação ao Centro Popular de Compras, já conversei com o Ver. Dib, numa ocasião, e me chama atenção que a SMIC não tem equipe de Engenheiros ou Arquitetos - claro que não é uma construção do Poder Público, não será uma construção da SMIC, no entanto, é óbvio que, por ser uma construção num espaço público, a Prefeitura tem que acompanhar essa obra. Existe, se não me engano, um Engenheiro na Secretaria de Produção, Indústria e Comércio, mas que não trabalha na área - até porque a SMIC não tem que estar elaborando projetos de engenharia ou arquitetura. Portanto, quem vai fiscalizar as obras? Nas reuniões que aconteceram - e o jornal tem publicado que acontece reunião entre a SMIC e a empresa que vai construir a obra -, em nenhum momento está a SMOV. Quem tem que fiscalizar essa obra, no meu ponto de vista, quem tem equipe qualificada para isso, é a Secretaria Municipal de Obras e Viação - e isso não é falado na SMOV. Eu só espero, Secretário Cecchim, que, aliás, sempre me atendeu muito bem, que haja fiscalização do Poder público, porque senão vai ser uma coisa muito complicada.

E também tem me chamado a atenção o fato de que já estaria sendo anunciado o início da obra, mas não foi ainda acordado com a EPTC para aonde irão os ônibus do local. Inicialmente, se dizia que os ônibus iriam continuar no Terminal Rui Barbosa; agora, dizem que eles serão retirados. Mas para aonde? Seria a primeira coisa a ser acertada para começar a obra, mas não foi ainda. Portanto, faço esse alerta, ao mesmo tempo em que digo que esses números não conferem; qualquer um que vai ao Centro pode verificar.

Também tenho uma preocupação, que fica registrada aqui nesta tribuna, com relação à obra do Centro Popular de Compras. Quem vai fiscalizar? Fica no espaço público, portanto, o Poder público tem que fazer a fiscalização dessa obra. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. ERVINO BESSON: Estimada Presidenta Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos.

O Ver. Marcelo Danéris tem criticado muito o nosso Prefeito, dizendo que, no Plano Plurianual, não consta nada sobre a área da Saúde. Meu caro Vereador, quero dizer a V. Exª que, na página nº 14 do Plano Plurianual, está prevista a construção de um Pronto-Socorro na Zona Sul de Porto Alegre. E o assunto do dia - acho que todos os Vereadores e Vereadoras estão acompanhando pela imprensa escrita, falada e televisionada - é a discussão da CPMF. A notícia que se sabe, por informações do próprio Presidente da República, é que se não for prorrogada a CPMF, praticamente isso liquidará com todas as obras assistenciais deste País. Então, veja, Ver. Claudio Sebenelo, V. Exª que é médico, esse imposto foi criado para a área da Saúde, e, agora, se sabe que quem menos recebe esse recurso é a área da Saúde. Como se sabe? Pelas notícias que estão aí, que dizem que, se acabar com a CPMF, se acaba praticamente com todas as obras sociais do Governo Federal. Os hospitais, hoje, recebem recursos minguados do SUS e poderiam, sim, receber um pouco mais - inclusive os profissionais, os médicos -, pois a maioria dos hospitais atende pelo SUS, grande parte atende pelo SUS, e recebem esses minguados recursos. E agora, pelas notícias que estão aí, o Governo está implorando de uma forma que, se acabarem com a CPMF, acabará o programa do Governo Federal na área da Saúde. Então, agora está vindo à tona para aonde é que vai o dinheiro. Generalizaram tudo, está tudo generalizado: a CPMF resolve o problema do País, mas ela foi criada para ser canalizada para a área da Saúde.

 

 (Aparte anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)

 

O SR. ERVINO BESSON: Não, Verª Sofia Cavedon. O Fernando Henrique já foi Presidente. Agora, nós temos o nosso Presidente da República, o Luiz Inácio Lula da Silva.

Na página nº 11 da LDO diz que o Plano informa aos usuários de transporte público o mapa das paradas de ônibus. Há um Projeto, inclusive, deste Vereador, que está aqui na Casa - a EPTC está tentando um projeto-piloto -, para que a população, que é o próprio usuário do transporte coletivo, os turistas que vêm a Porto Alegre, tenham como se encontrar na cidade de Porto Alegre e ver os pontos turísticos. E está aqui também na LDO um Projeto do Governo que vejo que é de grande importância para a nossa Cidade, que é a implantação dos mapas, para que as pessoas consigam se encontrar e ver os pontos turísticos da nossa Porto Alegre. Está aqui, no plano do Governo, o aumento de 35%, percentual referente à ampliação do número de turistas, inclusive, para os caminhos rurais da cidade de Porto Alegre. Vereador Adeli Sell – já lhe concedo um aparte -, pois V. Exª é um defensor dessa área, conhece essa área de Porto Alegre, trabalhou muito e continua trabalhando. Inclusive, caros colegas Vereadores, o Ver. Adeli Sell tem um Projeto... Hoje, 85% das nossas flores vêm de São Paulo, ou mais, e o Ver. Adeli tem um Projeto muito bom nessa área. Nós temos que cultivar também; é uma economia que nós estamos perdendo na Cidade. E o Ver. Adeli Sell conhece o assunto perfeitamente, está trabalhando muito nessa área que trará também grande benefício para o nosso produtor.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)

Ver. Ervino, eu venho exatamente dos Caminhos Rurais. Fui almoçar na Cantina Bordignon, porque hoje houve o almoço mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis; essas atividades sempre são feitas no Centro da Cidade, e 98% das pessoas que lá estavam – empreendedores do turismo – não conheciam aquela bela região da Lomba do Pinheiro, Belém Velho e todo esse trajeto. Acho muito interessante que o senhor venha abordar esta questão do turismo, inclusive do mapeamento e da sinalização. Mas temo, pelo que pude observar do dinheiro que nós temos neste ano, no Orçamento, para o Escritório, e do que eu li na LDO - talvez V. Exª possa me esclarecer -, que nós teremos dificuldades de implementação dessas coisas mínimas, até porque nós temos que resolver alguns problemas. Hoje, pela manhã, a Secretária Ângela veio expor para nós, da Bancada do PT, a proposta da Secretaria de Turismo. Nós devemos estar captando, se tudo der certo, o Master de Atletismo para 2011, em Porto Alegre. Isso será muito importante para todos nós, da Cidade, e eu vejo algumas dificuldades no Orçamento. Gostaria que V. Exª me desse alguns esclarecimentos, porque temo que talvez, nesse ponto, o Ver. João Dib terá que aceitar alguma emenda. Eu tinha pensado em não fazer emendas, mas, pelo que eu vi na área de Turismo, acho que me obrigarei a fazê-las.

 

O SR. ERVINO BESSON: Vereador, é importante o seu aparte, mas eu vejo que - está aí o Projeto da LDO, depois teremos aqui o Plano Plurianual, e depois, em outro momento, vamos discutir o Orçamento do Município - nós temos a Reserva de Contingência. O Executivo deve ter, no Projeto da LDO, a Reserva de Contingência; também, em alguns momentos, poderão ser canalizados esses recursos.

Nós temos, na página 13, “Implantação de Marinas Públicas em Belém Novo e Ipanema”. É mais uma reivindicação da comunidade que está aqui no Plano. Não é de hoje, mas ao longo dos anos, que a comunidade está reivindicando isso. Eu acho que é uma economia - que também trará benefícios para a Cidade - para a Zona Sul de Porto Alegre que não está sendo explorada, mas que poderá ser, sim, pela riqueza que é o nosso lago Guaíba. E as marinas poderão - como está aqui no Plano - ser construídas para os usuários da nossa Região.

Na página 14, temos: “Reestruturação da Incubadora Empresarial da Restinga”. São 100 empresas, vejam V. Exªs, e é um Projeto do Governo! Eu acho que a Zona Sul de Porto Alegre... o crescimento de Porto Alegre... Os vazios urbanos da nossa Cidade estão na Zona Sul. Por isso, sem dúvida, aquela é uma zona que está mais contemplada. Então, está aqui no Projeto da LDO a intenção do nosso Prefeito, claro, com a ajuda da Câmara Municipal de Porto Alegre! O Prefeito foi claro, quando entregou o Projeto, que é uma grande responsabilidade nossa examinar aqui um Projeto da cidade de Porto Alegre, que envolve a cidade de Porto Alegre. Ele é um dos Projetos maiores entre os que nós vamos discutir para Porto Alegre! Que Porto Alegre nós queremos para o futuro? O Projeto vai passar por aqui, e vai haver uma ampla discussão com a comunidade, junto conosco, os 36 Vereadores e Vereadoras, que representamos a totalidade da cidade de Porto Alegre. O Prefeito foi claro quando trouxe o Projeto para esta Casa.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, eu vejo que o senhor se empenha em elogiar as boas intenções do Município, mas eu lhe pergunto se o senhor conseguiu fazer uma análise da execução do Orçamento deste ano. É impressionante: boas intenções pode haver muitas, mas não se realizam. Infelizmente, eu posso citar vários itens que os colegas já citaram, mas vou citar aqui dois: na Regularização Fundiária Judicial, que é fundamental, é o programa Porto da Inclusão, foram orçados 19 mil reais, com empenho e liquidação zero, e 39 mil reais em publicidade. Aí, se formos para o DEP, o Saneamento, Drenagem Urbana, Cidade Integrada, recursos autorizados de 291 mil reais, teve zero executado, e 77 mil reais em publicidade! E vamos adiante: na questão dos esportes, a mesma coisa: vários projetos sem execução, 125 mil reais em publicidade; 100 mil reais, em publicidade, em Direitos Humanos; enquanto que, na formação da Guarda Municipal, dos 128 mil orçados, zero executado, mas, na publicidade, 100 mil reais. E pior: na Secretaria de Gestão e Acompanhamento Estratégico, temos 612 mil reais em consultoria, e 5 milhões e meio de reais em publicidade, enquanto o gerenciamento do Projeto Integrado Socioambiental, que tinha um milhão previsto, tem zero executado. Então há muitas boas intenções, e, pelo jeito, tem que usar muito recurso em publicidade para tentar enganar a Cidade, porque, na verdade, não são realizadas as boas intenções, então é necessário fazer propaganda para iludir a população.

 

O SR. ERVINO BESSON: Verª Sofia, quero pessoalmente retirar esses termos “enganar a Cidade”. Não é isso, Vereadora. Eu acho que o Governo tem boas intenções, todos nós sabemos, já foi dita aqui várias vezes a forma como foi recebida a Prefeitura, e digo mais: quero trazer ainda, no decorrer da nossa discussão, que talvez o Prefeito que menos tenha gasto, até hoje, em publicidade, é o do atual Governo. Os outros Governos, na sua totalidade, gastaram em publicidade. Mas teremos outras oportunidades, e vamos trazer isso a público aqui nesta tribuna. Muito obrigado, Srª Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, senhores e senhoras, vou iniciar aqui a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias e a revisão do Plano Plurianual exatamente pela última frase do Ver. Ervino Besson, que me antecedeu aqui. Ver. Ervino Besson, o que V. Exª falou aqui não está ajustado ao que os números mostram quando diz que este Prefeito é o que menos gastou em publicidade. Vou fazer aqui a comparação proporcional ao que foi investido em algumas Secretarias, em obras realmente necessárias com o que foi gasto em publicidade, porque, quando se gasta em publicidade, se investe numa imagem. Investir numa imagem que não é real com o que está sendo escrito e dito é um problema. Pego os dados até julho, último, portanto, há 35 dias o Governo havia gasto, em publicidade, 14 milhões, 153 mil reais, prezado Presidente do STICC, aqui presente,. Sabem qual foi o valor gasto em alguns projetos? E pego, por exemplo, aqui, a FASC – Fundação de Assistência Social e Cidadania. Cinqüenta e nove por cento da população, numa entrevista feita, diz que os problemas das crianças de rua e dos moradores de rua aumentaram, que esses problemas pioraram. E vou pegar esses pontos da FASC, Ver. Ervino Besson e Ver. Nilo: “Muitos projetos de vários programas de governo não começaram ou tiveram execução insatisfatória. No Programa Gurizada Cidadã, o Projeto Inclusão da Rede de Atendimento PPDs e Surdos, orçados em 2,2 milhões”... Ver. Sebenelo, o destinado até julho foi zero. Portanto, Ver. Ervino, há um problema e nós queremos discuti-lo, porque nós, aqui, sim, discutimos com profundidade a legislação municipal e aprovamos o Orçamento. E cumprimento aqui um dos Coordenadores do Fórum das Pessoas com Deficiência da cidade de Porto Alegre, dizendo que, se foi dito e foi prestado contas, lá no Orçamento Participativo, Ver.ª Margarete Moraes, que a Escola de Surdos já estava construída em Porto Alegre... Talvez essa mensagem, eu disse numa outra fala aqui neste Plenário, tenha sido dita para as pessoas portadoras de deficiências visuais, porque eles não conseguem ver, nem nós conseguimos ver essa escola de surdos, porque ela não existe, e está escrito... Isso é propaganda falsa. Portanto, gastar 14 milhões... E aquela Peça Orçamentária, Ver. Ervino Besson, aquela peça de publicidade, que foi entregue na plenária do Orçamento Participativo, faz parte dos gastos em publicidade para dizer que estão aplicando e fazendo os projetos. E eu falei aqui só no programa Gurizada Cidadã.

Em outros dois projetos, o Atenção à Criança e ao Adolescente em Situação de Vulnerabilidade Social e o Promoção da Inclusão Produtiva, foram orçados 100,5 mil reais - nós aprovamos aqui -, e até julho a destinação foi zero. Então, há problema. Para o programa Porto da Inclusão, Projeto de Segurança Alimentar – SIMSANS, foram orçados 269 mil reais; até julho foram destinados 4,5 mil reais, 1,6% do orçado.

Para o Programa Bem-Me-Quer, no Serviço de Apoio Socioeducativo - SASE, foram orçados 8,2 milhões de reais, foram liquidados, Verª Maria Celeste - V. Exª que trabalha nessa área, com muita propriedade -, até julho 152 mil reais. Também no Programa Bem-Me-Quer, para aplicar em Ações de Abrigagem para Crianças e Adolescentes foram empenhados apenas 552 mil reais e liquidados 398 mil reais, apenas 11% do valor. Para outros três projetos do mesmo programa, o Agente Jovem, o Ação de Rua e o Sentinela, foram orçados 725 mil reais; foram destinados 47 mil reais, menos de 7% da dotação prevista.

Para o projeto Apoio e Atenção ao Idoso, do programa Carinho Não Tem Idade, foram orçados, por nós, 576 mil reais; liquidados apenas 77 mil reais.

No programa Gurizada Cidadão, para o projeto Trabalho Educativo a Adolescentes, foram orçados 2,6 milhões de reais; destinados 44 mil reais.

Finalmente, no Programa Bem-Me-Quer, para o projeto Apoio e Manutenção de Creches, foram orçados 1,3 milhões de reais; liquidados, até junho de 2007, 238 mil reais: 18% do orçado.

Sabe quanto a FASC gastou em publicidade, Ver. Ervino Besson? Até Julho, 95 mil reais. Para publicitar o que, se o dinheiro orçado que tem de ser investido não é investido? Para fazer Peças de divulgação fictícia, como foi aquela distribuída no Orçamento Participativo, um belo panfleto dizendo que já haviam inaugurado a Escola para surdos e essa escola existe somente no papel. É isso que nós estamos discutindo aqui.

Já que V. Exª falou também anteriormente, Ver. Sebenelo, nas verbas públicas vindas das diversas origens, que é uma obrigação constitucional, nós fazemos questão de vir sempre aqui dizer que nos nossos espelhos, que recebemos nas Sessões, estão os recursos da Saúde para o Município de Porto Alegre. Eu pergunto a V. Exªs da base do Governo do Estado, tanto do Governo Rigotto quanto do Governo Yeda: onde estão os recursos do repasse do Estado para Porto Alegre? É uma dívida de 33 milhões de reais. Se nós aprovamos aqui que esse recurso deve vir para aplicar na Saúde, nós temos de exigir que esse recurso venha porque é um direito constitucional de Porto Alegre.

Eu queria dizer que o repasse da Saúde para Porto Alegre, até julho deste ano, foram repassados, para Prefeitura de Porto Alegre, 332 milhões de reais. O repasse feito está aqui, item por item, tim-tim por tim-tim. Portanto, nós temos de analisar esses dados.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, eu havia proposto à Presidenta que nós reduzíssemos o tempo de dez para cinco minutos. Eu devo dizer a V. Exª que é repetição, os 30 milhões de reais já foram explicados mais de uma vez. A Governadora Yeda não nos deve, ela assume uma dívida de 30 milhões de reais do Sr. Olívio Dutra e do Sr. Germano Rigotto. Nós sabemos que o Estado não tem, então não adianta cobrar.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João Dib, V. Exª é um legislador assíduo e vem com essa fala de que “não deve”, eu acho que V. Exª está querendo “tapar o sol com a peneira”. Quem deve é o Governo do Estado, nós fazemos cumprir as leis, ou não fazemos, esse é o nosso papel.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Vereador, a Justiça não está conseguindo, não somos nós que vamos conseguir. Os precatórios estão lá, não são pagos, os funcionários não são pagos em dia, como é que nós vamos cobrar 30 milhões de reais, se a Av. Baltazar de Oliveira Garcia...

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Então V. Exª está aceitando a dívida do Estado com a Saúde, é isso?

 

O Sr. João Antonio Dib: Não, não estou pleiteando nada disso. Eu pleiteio que ela pague a parte dela permanentemente. Agora, quero dizer a V. Exª que não são 300 e poucos milhões de reais, como disse V. Exa; os 307 milhões de reais são até o final do ano. Seus dados são equivocados.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Vou passar essa cópia para V. Exª, com profundidade, analisar.

 

O Sr. João Antonio Dib: Com a análise correta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João Antonio Dib, o Governador Olívio Dutra não ficou devendo para o Município de Porto Alegre. Agora, tem algo que se chama continuidade administrativa. Eu não estou cobrando, aqui, responsabilidade exclusiva da Governadora; se ela foi eleita, ela é eleita para cumprir a Constituição, portanto, o Governo do Estado é quem deve. Então, como é ela quem está governando neste momento, ela quem tem que responder publicamente. E eu queria que os 36 Vereadores viessem aqui para esta plenária cobrar da Governadora a dívida que deve para com o Estado, porque os postos de saúde estão fechando. O Hospital Vila Nova está fechando, porque o Estado deve para o Hospital Vila Nova, essa é a questão. Infelizmente, não posso lhe dar aparte, porque o meu tempo terminou. Obrigado.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Vereador, a Justiça condenou o Olívio e o Rigotto a pagar, e a arrecadação que nós tivemos, até julho, foi de ...

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Eu quero que o Ver. João Antonio Dib cobre da Governadora a dívida que deve para o Hospital Vila Nova que está fechando.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Encerrada a discussão da Pauta Especial.

O Ver. Newton Braga Rosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Srª Presidenta, prezados colegas Vereadores, a minha manifestação diz respeito a um evento ocorrido hoje pela manhã que se reveste de uma importância capital para a nossa cidade de Porto Alegre. Hoje se iniciou a primeira etapa do sistema de bilhetagem eletrônica. Durante os meses anteriores, 82 mil pessoas idosas se cadastraram para receber o seu cartão magnético, que vai conter o equivalente ao vale-transporte; sistema denominado TRI - Passagem Integrada.

Esse sistema foi desenvolvido com consultoria da PUC num Projeto que teve financiamento do BNDES e que monta 32 milhões de reais. Um fato importante é que o Projeto segue, rigorosamente, o cronograma estabelecido há dois anos, quando ele começou, dentro do âmbito da nossa Empresa de Transporte Coletivo.

O transporte coletivo, em Porto Alegre, se reveste de especial importância para o cidadão. Ele é responsável por 43% dos deslocamentos diários da nossa população. São 332 linhas que transportam 25 milhões de passageiros por mês, uma parte da população da nossa Cidade de um milhão e meio de habitantes.

O destaque é para a nossa Companhia Carris que foi considerada a maior empresa de ônibus urbano do Sul do País, numa publicação da Revista Amanhã, no seu último número, que mostra uma receita bruta, expressiva da nossa empresa que tanto nos orgulha. Além disso, cabe destacar a qualidade dos ônibus da Carris que despertam a atenção de administradores e da população de outras cidades importantes do Brasil. Não encontramos no Rio de Janeiro nem em São Paulo um transporte público com a qualidade que a nossa Carris oferece.

Outro fato relevante foi a solenidade de abertura ter sido realizada na recém inaugurada Central de Atendimento da ATP, ao lado da Prefeitura de Porto Alegre. São instalações amplas, limpas, com ar-condicionado, com sistema de som, sistema de televisão, com assentos para idosos, e lá as pessoas estavam fazendo o seu recadastramento em alguns casos, e cadastramento para os benefícios da nossa passagem - TRI – integrada, tanto para idosos como para estudantes.

As próximas etapas serão: em meados do próximo mês, por volta da primeira quinzena de outubro, todas as pessoas cadastradas estarão recebendo, nas suas residências, o cartão magnético; e, a partir do mês de novembro, os primeiros ônibus estarão circulando com catracas eletrônicas. O objetivo é que todos os ônibus que servem a nossa Cidade estejam com o sistema implantado já no mês de abril de 2008. É um bom exemplo de parceria público e privada que traz a iniciativa da ATP e a capacidade articuladora da Prefeitura Municipal através da sua Empresa Pública de Transporte e Circulação, a nossa EPTC, realizando um projeto dessa envergadura.

Eu gostaria de encerrar lembrando que a função dos cobradores - estava lá presente o Presidente do Sindicato - está garantida na forma da lei, e, mais ainda, que a bilhetagem eletrônica vai permitir uma redução nos gastos do nosso trabalhador. Aqueles que necessitam pegar dois ônibus para se deslocar da sua residência ao local de trabalho poderão fazê-lo, a partir da implantação do sistema, pagando uma passagem e meia, ou seja, uma passagem e somente metade da passagem no segundo trecho. O mais importante: se atualmente os nossos idosos estão confinados em uma pequena região do ônibus, daqui para frente, terão direito de passar pela roleta e terão todo o coletivo à sua disposição. Senhores Vereadores, este é um exemplo de um bom projeto, em que se pode constatar a importância da tecnologia a serviço das pessoas. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Vereador Ervino Besson         está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Senhores Vereadores e Senhoras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar a todos. Estou falando em Liderança pelo Partido Democrático Trabalhista, em meu nome, em nome do Ver. Nereu, do Ver. Mario Fraga, do Ver. Márcio Bins Ely e da Verª Neuza Canabarro - não se encontra no dia de hoje, está em Brasília, juntamente com seu esposo, Alceu de Deus Collares, que está recebendo uma homenagem justa. Portanto, fica aqui, mais uma vez, o nosso abraço ao nosso querido companheiro Alceu de Deus Collares, por mais esta homenagem.

Quero destacar aqui, hoje, em nome do meu Partido, uma categoria profissional a quem nós todos temos que ter o maior respeito. Temos aqui na Câmara Municipal um grupo de profissionais, vou citar o nome: Elson Pedroso, nosso fotógrafo da Casa; Tonico Alvares; Caroline da Fé; Fernanda Fell; Kaiser Konrad e Telmo Gíglio. Temos aqui na entrada do Plenário da Câmara Municipal uma exposição de fotos; a Câmara Municipal prestou homenagem aqui, por iniciativa deste Vereador, com uma Sessão Solene homenageando os nossos fotógrafos. Eu os vejo como uma categoria profissional que presta um relevante trabalho histórico. Por que eu digo histórico? Porque as fotos contam a vida dos acontecimentos da cidade, das pessoas. A testemunha maior da história são as fotos. Na entrada do Plenário, está uma bela lembrança, a história da Câmara Municipal, as fotos dos nossos profissionais. Aqueles que não tiveram a oportunidade de ir à Usina do Gasômetro, por favor, visitem a Usina do Gasômetro, onde as pessoas terão a oportunidade de ver a homenagem ao Cinqüentenário da RBS. Ali tem uma história. Eu tenho certeza de que muitas pessoas que lá foram e outras que irão em algum momento vão se emocionar, porque lá há algumas fotos que recordam profundamente os acontecimentos do nosso Estado, da nossa Cidade e, por que não, do nosso País. Lá estão as fotos mostrando os acontecimentos da Legalidade. Estão lá as fotos que mostram os acontecimentos. As pessoas têm condições de ver com os seus próprios olhos, e, talvez, muitos acontecimentos as pessoas esquecem. São centenas e centenas de fotos que recordam uma história que aconteceu nesta Cidade, neste Rio Grande, neste País. Eu confesso a V. Exªs que uma foto me emocionou, a foto da Legalidade, a história do Brizola. Eu acho que todos nós lembramos daquele acontecimento. Que coisa! Este homem que tanto fez por este País, que tanto amava este povo deste País e que queria ser Presidente desta Nação, com a sua competência, com aquele amor que ele tinha por este nosso povo, pela história do nosso País. Talvez Deus tenha reservado um lugar melhor para ele. Que Deus o tenha lá no céu. E, também, outra foto me emocionou. Casualmente no dia do incêndio das Lojas Renner, eu estava no Centro, meu querido Osmar, que te vejo sentado aqui, quis o destino que eu estivesse lá no Centro, naquele momento do incêndio das Lojas Renner, assistia aquela tragédia, que tristeza, as fotos estão lá e demonstram os acontecimentos, e a filha do nosso grande craque Everaldo, que trabalhava lá no prédio, se atirou, várias pessoas se atiraram e vieram a falecer; estão ali as fotos que mostram a história.

Então, meus queridos fotógrafos daqui desta Casa, não só desta Casa - essa grande profissão pela qual eu tenho um carinho todo especial, por tudo o que representa a profissão de vocês -, fica aqui o nosso abraço e o nosso reconhecimento.

E aproveitando para encerrar, minha cara Presidenta, hoje é o Dia do Taxista, também fica aqui o nosso abraço aos nossos queridos taxistas, pessoas que prestam esse relevante trabalho social. Portanto, taxistas desta Cidade, recebam aqui - eu acho que eu posso incluir não só o nome do meu Partido, mas de todos os Partidos que compõem esta Casa - o nosso abraço pelo relevante trabalho que vocês prestam à nossa Cidade. Muito obrigado.  

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, pois bem, hoje estão completando 979 dias do Governo Fogaça, na cidade de Porto Alegre. Quando completarem mil dias, já falei com a Presidenta, hoje pela manhã, para nós fazermos um passeio pela Cidade, já conversei também com o Prefeito Fogaça, para nós visitarmos as obras da Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Não vamos visitar só as obras da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, mas vamos mostrar o que está sendo feito na Cidade. Vamos levar os Vereadores, principalmente da oposição, que não sabem onde é que estão sendo feitas as obras. Nós temos que mostrar o que está sendo feito, e mostrar juntos. Queremos dizer para o Ver. Guilherme Barbosa: Ver. Guilherme Barbosa, o senhor vai ter a oportunidade de conhecer o trabalho que está sendo feito pelo Prefeito Fogaça. Eu queria que a oposição tivesse a grandeza, como o Ver. Adeli, que sempre vem aqui, quando está bom ou está ruim, ele vem e defende, mas têm muitos Vereadores da oposição que vêm aqui só para criticar, nunca falam o que está bom. Podem estar fazendo milagres, e eles dizem que não existem. O milagre só existe para Jesus Cristo. O nosso querido Ver. Aldacir Oliboni, que representa Jesus Cristo, sabe que o milagre é quase impossível.

Senhores Vereadores, a Av. Baltazar de Oliveira Garcia começou lá em 1998. Então, o problema não era só do Governo Rigotto. Eram os problemas do lado de lá da ponte, em Alvorada, que tinha como Prefeita a Stela Farias. E do lado de cá tínhamos a Frente Popular.

Na quadra do São Francisco eram 23 comerciantes e ninguém nunca nos ajudou, ninguém foi lá se manifestar. Começaram as obras; três anos para fazer uma simples ponte que não chega a 100 metros. E agora que a Governadora Yeda começou as obras, tem gente torcendo contra, torcendo para que não sejam concluídas. Temos que ver que a Governadora Yeda tem 249 dias de Governo. E ela decidiu resolver o problema começando as obras na Av. Baltazar.

E quando se completarem mil dias de Governo Fogaça, nós estaremos lá, na Av. Baltazar, para ver as obras. Vereador João Antonio Dib, eu quero que V. Exª vá junto, e o Ver. Haroldo de Souza também.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: São 249 dias, aposto com Vossa Excelência.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Está apostado. Ver. Claudio Sebenelo, quero dizer a V. Exª que a Av. Baltazar começou a andar, graças à Governadora Yeda, que é do seu Partido, e a quem eu critiquei muito. Mas ela deu andamento às obras. E agora todo mundo começou a sorrir.

Eu não consigo entender o que acontece neste plenário. Será que foi tão bom o Governo PT nesses 16 anos? Quem trocou o PT foi o povo, meus irmãos. Foi o voto direto. Alguma coisa estava acontecendo. Agora, tudo é o Prefeito Fogaça. “O Prefeito Fogaça não faz nada, o Secretário Beto Moesch não faz nada; o Ver. Maurício não faz nada, Brizabel não faz nada”. E aí, quem faz? Quem está trabalhando, Ver. Dib? Jesus Cristo? Não, Ver. Dib, eu começo a pensar: será que alguém estava errado quando trocou, e nós somos os culpados?

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Não, Vereador, não somos nós que estamos enganados, o povo esteve enganado por 16 anos, Vereador.

Meus amigos, lá em 1998 e 1999 também houve um problema na Av. Assis Brasil, que literalmente quebrou os comerciantes, que estão até hoje devendo e nem sabem como vão fazer para pagar. Vinha o hoje Secretário Cecchim pedir pelo amor de Deus aos Vereadores, pedir socorro, porque estavam passando necessidades na Av. Assis Brasil. Mas ninguém lembra o passado, a gente tem que lembrar o que passou, quando começaram as dificuldades. Esse custo social ninguém paga mais, Ver. João Dib.

Vereadores Luiz Braz e Claudio Sebenelo, quero dizer aos senhores que agora estou batendo palmas para a Srª Governadora Yeda; só não bato palmas para o Secretário da Justiça, porque, cá pra nós, Lei Seca não pode, não tem condições. É muito! Fiscaliza ali, fiscaliza lá... Não dá! Temos que deixar o comércio trabalhar, deixar os pequenos comerciantes sobreviverem, porque não há condições de sobreviver. Nós temos que ajudar o pequeno comércio.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Aldacir Oliboni, presidindo os trabalhos, colegas Vereadoras e Vereadores, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, desta Casa, eu pretendo alertar as senhoras, os senhores e a população e os telespectadores, porque, ontem, nós recebemos, das mãos do Sr. Prefeito Municipal José Fogaça, uma proposição que revisa o Plano Diretor.

Agora, eu fiquei pasmo ao ler, na página 115, o art. 193 (Lê.): “ Revoga-se a Lei Complementar nº 434, de 1º de setembro de 1990. Parágrafo 1º - A legislação correlata que não for conflitante com esta Lei Complementar permanecerá válida”. Isto é o óbvio ululante, isto não se escreve e isto não faz parte, Ver. Elói Guimarães, da boa norma legislativa e jurídica. E o Parágrafo 2º, na minha opinião, é conflitante e, no mínimo, perturbador (Lê.): “Parágrafo 2º - A legislação correlata e válida não fica alterada quanto ao seu conteúdo, devendo suas remissões ao texto da Lei Complementar nº 434, de 1º de setembro de 1999, serem compreendidas sob a nova ordem numérica ou alterações materiais, que não lhe sejam conflitantes, definidas por esta Lei Complementar”.

O problema é que tem alguns artigos de lei que falam de três artigos da Lei nº 434. Então, tem que dizer qual permanece e qual é elidido, qual fica fora. Esta é a norma, a boa norma legislativa e não esta formulação que nos trazem. Portanto, já trago, em primeiríssima mão, quente, saiu agora essa cópia xerográfica do material do Plano Diretor.

E nós temos uma profunda preocupação, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores - alguns, infelizmente, não nos ouvem, mas falarei mais alto para ser ouvido -, porque o Plano Diretor é de suprema importância, e nós precisamos e vamos aqui decidir, numa comissão de 12 Vereadores, democraticamente escolhidos, segundo os critérios da proporcionalidade. Nós esperamos que a base do Governo, o Governo e as entidades, enfim, aqueles que mobilizam, aqueles que articulam, aqueles que corretamente, legitimamente vêm fazer pressão aqui... Porque, quando se fala em lobby, normalmente se tem uma idéia de coisa escabrosa. Não! Quem vier aqui reivindicar... E estava há pouco aqui o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil. É legítimo - porque isto aqui é a Casa do Povo - que se discuta.

Agora, nós queremos discutir presidência, relatoria, 1ª vice-presidência e as cinco subcomissões. Não tentem “acantonar” a Bancada de oposição! Nós somos parte desta Casa, nós queremos que o compromisso com este Plano Diretor seja coletivo, seja dos 36 Vereadores, numa grande “pactuação”, que é por voto, que é por democracia entre a sociedade civil organizada, a Prefeitura Municipal e todos os Partidos representados nesta Casa!

Portanto, nós vamos também continuar com o mesmo processo. Nós já temos indicação de que vamos ouvir as entidades representativas, todas as que tiverem que ser ouvidas. O debate agora começou! Ontem, inclusive, se iniciou um pequeno debate com o Sr. Prefeito. Nós colocamos claramente que o debate, agora, é aqui! E nós estamos aqui, tranqüilamente, abertos a este debate e queremos discutir esses temas.

Ver. Alceu Brasinha, vamos falar na Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Estavam previstas, me parece, umas 60 ou 70 pessoas para reiniciar a obra. Aliás, 200 pessoas, me corrige o meu colega Ver. Guilherme Barbosa. Mas parece que apenas 20 pessoas estão no canteiro de obras.

Ontem, eu falei com o Secretário Coffy - sei que isso é mais atinente ao Marco Albano, um caso específico, e parece que o Governo ainda não conseguiu os aproximadamente 7 milhões de contrapartida. Está na hora de o Governo Municipal subir a ladeira; se não sabe o caminho, eu ensino, para ir ao Palácio Piratini para dizer que está na hora de fazer a contrapartida.

Finalmente, também para o nobre Ver. Brasinha e a Bancada do PTB, assim como para as outras Bancadas que se manifestaram sobre Segurança Pública - ou melhor insegurança pública, porque a Lili Carabina é gaúcha, agora, não é mais carioca. E nós tivemos, agora, uma ação da Polícia Federal, portanto, foi a Polícia Federal que trancafiou 57 clonadores de automóveis! Então, vamos devagar com as blitze que se fazem como, ontem, na Av. Castelo Branco, das 6 horas às 20h30min, trancando duas pistas, um dia sim, outro também, trancando a Av. Loureiro da Silva, porque os que estão praticando ilícitos não circulam às 8 horas na Loureiro da Silva. Blitz significa relâmpago, é ação rápida em lugares inesperados. Esta é a tática da boa Segurança Pública, o resto é messianismo, o resto é discurso! E Porto Alegre já é campeã em roubo de carga, o Rio Grande do Sul piorou em 25% a criminalidade! Está na hora de descer do palanque e fazer Segurança Pública! Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que nos acompanham no Canal 16, é legal a política, porque a cidade de Porto Alegre, para uma parte que é oposição, é uma cidade totalmente arrebentada, não existe, e para a situação, a Cidade é uma maravilha. Eu, como fico no meio, registro todas as coisas.

Eu recebo aqui alguma coisa a respeito da FAURGS, que teria realizado processo seletivo para contratar profissionais para o Programa de Saúde Bucal. Setenta e cinco pessoas foram aprovadas para os cargos de cirurgião-dentista, técnico em higiene dental e auxiliar de consultório dentário. A pessoa que me enviou o e-mail, Elenara Nunes, quer saber como é que vai ficar agora o processo seletivo, quem é que vai assumir essas contratações, como ficam o tempo e o dinheiro gastos em cursos e materiais específicos. E ela diz aqui: ”Será que a vergonha na cara é uma virtude já esquecida?” Eu respondo que acho que sim, para 99% da população brasileira, incluindo políticos, parece que é; vergonha na cara é um negócio que está meio difícil de achar por aí. E ela diz: “O Vice-Prefeito tem a coragem de indicar outra empresa, sem licitação, e já estamos sabendo que a empresa pertence à Assembléia de Deus”. Ô louco! (sic.) Estão mexendo com religião? Bom, a Dona Elenara está aqui reclamando a respeito disso, está registrado aqui. Eu acho que o novo grupo, a nova empresa vai cumprir com esses contratos. Evidente que sim, do contrário temos de agir.

Esses dias, ouvi o PT falando aqui a respeito dos gastos de publicidade do Fogaça, mas, sabem, foi tão veemente, que eu fui procurar ver: o PT em 2003 e 2004, na Prefeitura, gastou R$ 13.520. 428; o PPS, nos exercícios de 2005 e 2006, R$ 13.786.345. Diferença entre o PT e o PPS, com verbas de publicidade: R$ 265. 917 reais; é muito pouco para o carnaval feito pelo PT aqui no plenário. Muito pouco!

 Eu estou em dívida com a Receita Federal, porque eu não estou conseguindo pagar o meu 13º salário, meu querido Luiz Braz, para eles, da Receita Federal. Porque, além do que o Governo nos leva no contracheque, todos os meses, depois a gente tem que dar mais um troco para eles ainda, João Dib! A minha aposentadoria é de 1.260 reais, e não dá para viver só com 1.260! Tem que ser o Vereador, tem que ser o locutor esportivo e tal, e aí você deixa o 13º salário também para o Governo. Eu fui punido por isso, a minha conta do Banco do Brasil, na qual eu recebo a minha aposentadoria, foi fechada, porque é um crime atrasar um acordo que tu fizeste com a Receita Federal, Todeschini! Mas não é crime o Renan desviar alguns milhões da Receita e nem prestar contas; o Renan Calheiros, esse safado que está aí e não quer largar!

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Do meu PMDB, infelizmente! O que é que eu posso fazer? Mas o seu PT tem José Dirceu, que é o chefe do mensalão! O que é que se pode fazer também, não é mesmo? Claro, eu tenho o Renan Calheiros, no PMDB; tu tens José Dirceu, no PT! Tem Palocci! Quer dizer, um pelo outro, dos dois a gente não sabe qual é o mais safado!

Eu queria falar aqui, no tempo que resta, sobre a abertura dos bingos. O bingo que eu digo é aquele de cartela, não é o da máquina, viu, João Carlos Nedel! Não é o da máquina, que, realmente, causa prejuízo, porque vicia. Mas o jogo de cartela, aquela víspora que tem nas igrejas e tal. O fechamento tira emprego, tem muita gente desempregada: são vendedoras de cartelas, locutores, fiscais, seguranças, garçons, manobristas, taxistas – é uma infinidade de gente desocupada, porque o Governo, de forma imbecil, quer moralizar um País desmoralizado por ele e seus asseclas. Senadores, Ministros, Juízes, Desembargadores da base de apoio “pregando moral de cuecas”, proibindo o simples jogo de bingo! Mas, então, que se punam as lavanderias do Congresso Nacional e não gente honesta que quer trabalhar! Emprego e lazer para a terceira idade! Por que é que eu estou falando de bingo? Porque eu gosto de jogar bingo, porque eu acho que o bingo não causa mal a ninguém. Assim este País pudesse também ter cassinos e parar com essa imbecilidade de que só se pode jogar com o dinheiro público. Os “renan” da vida, os “zé dirceu” da vida - esses podem jogar com o dinheiro público! Agora, aquele que vai ali com dois mil réis para ter um lazer, Dib, não pode! Puxa, é muito difícil! Esqueci: o Renan tem apoio do Lula! Mas o Lula também ...

 

(Manifestação fora do microfone. Inaudível.)

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Tem! O Renan tem apoio do Lula! E o Lula dá o apoio para o mensalão! Malandro! Mas será que ele é cúmplice do Zé Dirceu? Mas que barbaridade! Só o apoio do Lula para o pessoal do bingo já seria suficiente, mas é a vida, não é? Agora, apoiar quadrilheiros, isso pode!

De qualquer maneira, gente, no ano que vem haverá eleições. Mas serão eleições que, no meu entendimento, não resolvem muito, porque atingem Prefeito e Vereador. Agora, em 2010 “o bicho tem que pegar” se o brasileiro realmente tiver vergonha na cara! Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu temo um pouco pelo fim da Pauta Especial, e o meu temor está muito ligado a uma pessoa: o Ver. Marcelo Danéris. Porque, botando para fora todo esse ácido sulfúrico que ele pôs durante esses seis dias de discussão, onde ele vai botar isso depois, quando não houver mais a Pauta Especial? Porque, segundo ele, tudo foi um horror. Só existe uma coisa boa no mundo, como, por exemplo, escreve hoje a nossa caríssima e respeitada amiga, Deputada Federal Maria do Rosário; ela escreve no jornal Correio do Povo de hoje alguma coisa assim, como se a partir do Partido dos Trabalhadores existisse... Antes não! Não houve o mensalão, não houve o Ali Babá, os 40 indiciados, não houve nada disso? Não houve o patrimonialismo, essas coisas que são faladas quase todos os dias, das quais o Partido dos Trabalhadores ficou como um distintivo? A distinção é exatamente pelo lado negativo. O que se vai fazer?

Então, esse período da Pauta Especial é, evidentemente, um período de catarse e de alívio das propriedades de alguns tipos de ácidos que vão corroendo as pessoas - o que nós não queremos! Até queremos que o Ver. Danéris tenha boa saúde e que goze de todo o sucesso, com toda a sinceridade; porque vai fazer muito mal para ele não haver mais Pauta Especial. Ele destilou, durante esses seis episódios, uma quantidade ácida fantástica, matando todas as pessoas, todas as iniciativas, todas as atitudes que sejam dos outros – as suas foram sempre maravilhosas.

Quero dizer que o Secretário de Segurança do Estado não está propondo apenas uma medida para melhorar esse permanente dado estatístico constrangedor da área da Segurança, que já vem em ascensão há mais de 20 anos no Estado do Rio Grande do Sul. E, evidentemente, passaram todos os milagrosos, todos os messiânicos por lá; esteve lá um messias que disse que iria resolver todos os problemas, e até hoje nós estamos esperando. Vem aqui e promete um caminhão de dinheiro, e ficamos esperando... Vamos continuar esperando, sabendo que não virá – temos convicção de que o dinheiro não vem. E isso é apregoado aos quatro ventos como se fosse algo especial, Ver. Danéris - que agora chega ao Plenário -, e que talvez tenham alguma dificuldade em conviver com a acidez.

E por isso eu quero dizer que há um número grande de iniciativas do Secretário de Segurança, e se não for na Av. Castelo Branco, na Av. Cristiano Fischer, na Av. Bento Gonçalves, se for às dez horas da noite, em qualquer hora que ele fizer qualquer blitz, ele vai estar condenado, porque está trabalhando, está fazendo, e daqui a pouquinho virá o resultado! Eles não suportam o resultado porque têm cotovelo maior do que o corpo, por uma questão de ciúmes, por não ocuparem o poder. Então, vem a crítica forte dizendo que tudo é lero-lero, que tudo é conversa, ao passo que eles estão trabalhando; eles estão em duzentos e poucos pontos do Estado fazendo blitz, duas mil e tantas pessoas mobilizadas com 46 prisões nesta madrugada. Ora, se isso não é trabalhar, se isso não é tentar fazer segurança, com trinta e poucas novas atitudes da área da Segurança, num conjunto inteiro, em que a questão da bebida é um trinta e seis avos dessa segurança, por favor! O que seria trabalhar, então? Quem sabe vamos esperar pelos resultados, pelos dados estatísticos, daqui mais um tempo; não agora, que recém começou o Governo, mas daqui mais um tempo. Acho que as uvas estão ficando muito verdes e nem os cães as podem tragar.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Obrigado, Ver. Claudio Sebenelo.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5970/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 260/06, de autoria do Ver. Elias Vidal, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Roberto de Assis Moreira.

 

PROC. Nº 4783/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua Hortênsias do Varejão o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua Dois – Estrada do Varejão - , localizado no bairro Lami. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 5194/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 171/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Eli Goraieb o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6420, localizado no bairro Ponta Grossa. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)

 

PROC. Nº 5704/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 071/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o troféu Honra ao Mérito à Associação Antônio Vieira – ASAV.

 

PROC. Nº 5841/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 074/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Violinista, Compositor e Cantor Jose Mario Teixeira Barros.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5346/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 069/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que concede o Prêmio “Construtor da Paz” ao General-de-Exército Carlos Alberto Pinto Silva, na categoria pessoa física.

 

PROC. Nº 5839/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 073/07, de autoria do Ver. Ervino Besson, que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Irmã Zoleima Maria Perondi.

 

PROC. Nº 2652/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar – Complafam -, estabelece suas competências e sua composição e dá outras providências.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; eu venho propor a inclusão, com ordem de prioridade na Ordem do Dia de hoje, do Requerimento n° 109/07, de minha autoria, em que solicito Moção de Solidariedade ao povo peruano, em especial aos familiares das vítimas do terremoto, porque é um instrumento que pode auxiliar de forma não só na manifestação, mas de forma objetiva e de forma prática, para angariar recursos para aqueles que estão sofrendo muito, vítimas de uma grande tragédia natural.

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Solicito que o Vereador encaminhe como Requerimento, que após chegar a esta Mesa, será votado.

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Falei com a Verª Clênia, que representa a base do Governo, e, em princípio, está tudo certo. É uma moção muito simples e meritória.

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Requerimento está incluído na Ordem do Dia. Solicito à Diretoria Legislativa que o inclua na votação do dia de hoje.

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Aldacir Oliboni; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na Pauta de hoje há diversos projetos, a maioria deles de prêmios e nomes de ruas, mas há o Projeto, de autoria do Ver. Dr. Raul, que cria o Conselho Municipal do Planejamento Familiar. Este Projeto, ou o tema do Planejamento Familiar, é extremamente importante, relacionado à Política de Assistência Social; relacionado à Política de Saúde e a Política da Reforma Urbana. Eu quero, justamente, falar sobre este Projeto do Ver. Dr. Raul e da importância dos agentes de saúde na construção do Planejamento Familiar, que remonta o tema dos Postos de Saúde da Família. Nos Postos de Saúde da Família, o agente comunitário é quem faz o contato diário com as famílias, visitando-as, acompanhando-as, relacionando toda a política de Saúde pública no que diz respeito ao controle de natalidade, à orientação na utilização dos medicamentos, à política de assistência social. E o que nós estamos discutindo aqui? Nós estamos em plena discussão também da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias, Verª Sofia, no período do exercício de 2007, o Governo mandou um Projeto de Lei em que a meta seria de 161 Postos de Saúde da Família. Porto Alegre hoje tem 85; na nossa Administração havia 82 Postos de Saúde da Família. Portanto, se a meta é de 161 Postos de Saúde da Família, mas nenhum foi construído nesse período para atingir essa demanda, que eficácia terá um Projeto que cria o Conselho Municipal do Controle Familiar, se a política que nós temos que aplicar na cidade de Porto Alegre, principalmente nos Postos de Saúde da Família, não está avançando? Nós temos que acreditar no Planejamento. No Planejamento apresentado na Lei de Diretrizes Orçamentárias há uma meta, para 2007, de 161 PSFs, Ver. Marcelo Danéris. O Dr. Raul tem razão em querer discutir planejamento familiar, mas sem ter a política que atua lá nas comunidades, que são os PSFs, que são os agentes de saúde, há uma contradição. E falo isso, dialogando com o Dr. Raul, que é médico, que compõe a base de sustentação da Administração Fogaça e que votou conosco, em 2006, o Orçamento de 2007. Está dito no Plano Plurianual que neste ano se teria de alcançar a meta de 161 Postos de Saúde da Família. Achamos interessante: dobrar, de um ano para o outro, o número de Postos de Saúde da Família. Como não foi construído nenhum posto novo, é difícil que essa meta venha a se concretizar até o final do ano. Eu recomendo, aqui, ao meu colega Dr. Raul, que, como primeiro objeto para nós avançarmos no tema “planejamento familiar”, se institua a Saúde pública lá na base, lá na ponta; que se leve a orientação de toda a reprodução humana, a orientação que discuta as questões sociais do aumento da família, a questão relacionada à Educação; questão relacionada à renda; o suporte que tem que ter uma família para decidir aumentar ou não o seu número de filhos. Portanto, esta é a discussão central.

Cumprimento o Ver. Dr. Raul por trazer esse tema para a discussão, mas é um tema está diretamente relacionado com o outro. Não existe planejamento familiar sem Saúde pública bem aplicada. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Aldacir Oliboni, presidindo a Sessão; colegas Vereadoras e Vereadores, demais pessoas que nos acompanham, realmente, dos Projetos em Pauta hoje, o do Dr. Raul é o mais importante, pois deseja criar o Conselho Municipal de Planejamento Familiar – Complafam –, estabelecendo as suas competências e sua composição, e dá outras providências.

Inicialmente, acho importante falar em planejamento familiar. Já houve tempo nesta terra em que se falava em controle da natalidade, e havia uma visão policialesca, uma visão de classe, inclusive, que vinha com medidas que praticamente impunham a algumas pessoas – e, por óbvio, eram para as pessoas de classe menos aquinhoada financeiramente – o controle da natalidade, que só podiam ter um ou dois filhos. Já tivemos tempos como esse, e já aconteceu, neste Brasil afora, principalmente no Nordeste brasileiro, a castração indiscriminada de mulheres pelo Interior deste Brasil afora.

Portanto, o Projeto do Ver. Dr. Raul é de outro conteúdo, com outro objetivo. Planejamento familiar: acho que não há uma pessoa que seja contra. E sobre isso, necessariamente, precisa-se de muita informação, em primeiro lugar, e, em segundo lugar, os meios para que as pessoas, as famílias, possam fazer o seu planejamento.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Guilherme, obrigada por me conceder um aparte. Concordo com as ponderações trazidas por V. Exª Quero trazer alguns elementos para a sua análise, uma vez que recebi uma denúncia. Acho que o Conselho vem num sentido interessante; nós aqui aprovamos a Semana de Conscientização do Planejamento Familiar - Lei do Ver. Sebenelo. E a Secretaria da Saúde, e todos que atuam nessa área, entendem que ações pontuais não têm nenhuma eficácia, e que nós temos que fazer um trabalho continuado, principalmente de educação, mas também de alcançar suporte para as mulheres em idade fértil. Hoje, em Porto Alegre, seriam necessários 50 mil anticoncepcionais orais/mês, e a Prefeitura só disponibiliza 10 mil anticoncepcionais orais/mês. Esta é uma situação calamitosa, esse é um dos dados que me passaram, porque são 150 mil mulheres em idade fértil, sendo que 70% delas usam o SUS, e destas, 70% usam algum método.

Então, nós temos um problema sério, de não ter suporte para quem quer planejar e quem já está fazendo o seu próprio controle de natalidade.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Perfeito. E acho que esse Conselho, junto com o Conselho Municipal de Saúde, que é mais amplo e que define a política, pode fazer uma pressão em cima do Executivo. Lembro que, não faz muito tempo, tivemos aqui um belo debate sobre a aplicação dos anticoncepcionais de longa atuação subcutâneos; tudo indicava que era um procedimento de mutirão, e para fazer um teste foi criada uma entidade chamada Mulher Consciente, só para isso. Depois a entidade sumiu, abandonou o convênio por causa da mobilização do Conselho, sendo que nós, aqui na Câmara, fizemos a denúncia daquele convênio.

Mas, enfim, o debate, eu acho, com todas as considerações que já foram colocadas aqui, o Projeto abre uma discussão em outro patamar; nada de controle da natalidade, mas um planejamento que tem a ver com a educação e com condições para que todas as famílias, principalmente as mulheres, mas também os seus companheiros, possam fazer o planejamento do tamanho de suas famílias. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

(A Verª Maristela Meneghetti assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ilustre Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, muitos projetos em Pauta no dia de hoje: cinco em 1ª Sessão, e três em 2ª Sessão. Dos oito Projetos, eu penso que há um de extrema importância: é o Projeto do Ver. Dr. Raul, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar.

Bem, a iniciativa é importante, sem dúvida nenhuma, e, se a iniciativa é importante, nós não podemos vincular essa iniciativa do Vereador a outros fatos que ocorrem na Administração. Não fique braba, Ver.ª Sofia. Nós vamos ter que tratar do problema que está em Pauta, e não criticar o Programa de Saúde à Família; uma coisa não tem nada a ver com a outra.

É claro que é essencial para todos nós que haja saúde; ninguém coloca dúvida em relação a isso. E é por isso que o Ver. Dr. Raul está propondo um Planejamento Familiar, para que nós possamos ter a medida exata das possibilidades de cada um, para que haja uma programação, para que haja um carinho, quando se traz uma criança ao mundo, e não apenas trazer mais uma criança que não vai ter saúde, que não vai ter educação, que não vai ter segurança, que não vai ter trabalho, que não vai ter nada. Só o Presidente Lula - agora, sou eu que saio da Pauta - diz que há trabalho para todos no País. A Verª Sofia Cavedon vai abrilhantar o meu pronunciamento, que eu ia encerrar por aqui.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. João Antonio Dib. Vossa Excelência faz uma crítica, mas acho que eu não falei em PSF; acho que V. Exª se distraiu um pouco. Eu quero repetir, porque essa informação é muito importante e grave. A Prefeitura precisaria hoje de 50 mil anticoncepcionais orais para fornecer às mulheres em idade fértil, em Porto Alegre. E a Secretaria da Saúde - eu obtive dados por meio de denúncia e eu não posso declinar o nome - só disponibiliza, hoje, 10 mil anticoncepcionais, Ver. João Antonio Dib. E acho que o Ver. Dr. Raul se preocupa para que haja um debate permanente na Cidade, uma fiscalização, uma produção de ações no sentido de planejamento familiar. E este vai ser um dos temas: o problema do investimento, Ver. Dib, em instrumentos, para essas mulheres poderem organizar a sua vida. Era essa a minha vinculação. Muito obrigada pelo aparte.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu é que agradeço a oportunidade de ser esclarecido. Mas, nobre Vereadora, eu volto a dizer: o Projeto é importante, porque ele busca o planejamento familiar. E eu acho que, a partir do Projeto, nós não podemos criticar o que está errado. O Vereador está trazendo um Projeto, e é claro que esse Projeto vai viabilizar a distribuição de anticoncepcionais, vai chegar ao problema da educação das nossas jovens, dos nossos jovens. Então, o Projeto tem de ser elogiado - e eu elogio o Projeto -, pois tem que haver planejamento familiar. O Vereador está procurando isso; o resto vem depois. Claro que há necessidade de Saúde para todos, claro que há necessidade de Educação para todos, mas se nós continuarmos fazendo crescer a população brasileira, como ela tem crescido, nós não vamos ter educação, não vamos ter trabalho, não vamos ter saúde, não vamos ter coisa nenhuma, e muito menos segurança.

Portanto, eu quero cumprimentar o Ver. Dr. Raul pelo seu Projeto e espero que haja a preocupação de todos em ajudar a fazer um bom Projeto. E que o Executivo receba com muita satisfação essa oportunidade de ajudar o planejamento da nossa própria Cidade, porque nós vamos planejar as nossas famílias. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, que bom que podemos seguir nesse tema, que é uma ansiedade da população, especialmente da classe média que se depara com o problema da violência, da desigualdade social. A primeira saída é: mas por que não tem planejamento familiar? Por que é que os pobres têm o maior número de filhos? É preciso coibir esse crescimento desorganizado, mas, de fato, esse tema é bastante complexo. Eu não tenho ilusões de que a gente possa garantir planejamento familiar com famílias que não têm como planejar a sua vida, que de manhã levantam e vão catar papel, latinhas, para, durante o dia, conseguir, quem sabe, 20 reais, e, então, alimentar a sua família, e, no outro dia, vão levantar e ver como sustentar a sua vida. Isso não pressupõe nenhum aprendizado de planejamento, não tem projeção de vida, não tem uma organização. Inclusive, eu acho que esse é um elemento que milhões de famílias que estão recebendo o Bolsa Família passaram a ter, Ver. Sebenelo, com a possibilidade e a expectativa de que, no final do mês, elas recebam um valor tal e elas possam planejar o que vão fazer com aquele valor. A regularidade, a sistematicidade, a possibilidade material é um elemento fundamental para o planejamento familiar. Então, nós não podemos trabalhar essa questão de maneira ingênua.

Segundo, o planejamento familiar passa pela educação: educação das nossas crianças, dos nossos jovens, ao lado dessa materialidade. Então, a escola, junto com as instituições, com o PSF, o Programa de Saúde da Família, que é uma “jóia” nesse tema, Vereador, o médico da família, o agente comunitário da Saúde, que vai em casa e vai perceber que a mulher está em idade fértil, vai conseguir criar vínculos com essa mulher, vai ter uma regularidade de visitas, vai poder propor algum método anticoncepcional, vai poder problematizar, vai poder ajudar a cuidar melhor da criança. E só o investimento de um processo de vínculo, continuado pela educação, pela saúde e pela assistência social, é que vão fazer a diferença numa família.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Verª Sofia, pelo aparte. O objetivo desse Projeto, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar, é justamente para que a nossa Cidade saiba o que quer no seu planejamento familiar, com o objetivo de orientar, de fiscalizar e de definir estratégias, através do Conselho, para que não se fique brigando por algumas ações de planejamento familiar, pontuais - ou da Administração, ou da oposição, enfim -, para que a gente realmente possa trazer para a nossa Cidade um planejamento familiar melhor. E eu acho que nós todos estamos indo num mesmo sentido. Inclusive, a questão dos PSFs é uma questão muito importante, e, com certeza, esta rede, além de tudo que já faz pela Cidade, também na área do Planejamento Familiar, vai auxiliar muito. Obrigado.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Raul. O senhor tem toda a razão. Eu apenas temo, Ver. Raul, se o Governo seguir na lógica quem vem seguindo, se os Conselhos serão ouvidos e valorizados. Exatamente neste fundamental instrumento, que é o PSF, o Programa Saúde da Família, eu tenho absoluta certeza de que faz diferença na questão da subnutrição, na questão da violência, na questão do planejamento familiar, na saúde da nossa infância, da nossa mulher, da gestante, faz absoluta diferença ter um PSF funcionando, mas a Prefeitura de Porto Alegre, o Governo Fogaça, não dá ouvidos ao Conselho Municipal de Saúde, quiçá ao Conselho Municipal de Planejamento Familiar. O Conselho de Saúde é uma norma federal: é o órgão gestor, consultor, fiscalizador do usuário sobre a política de Saúde. Então, de fato, nós temos que criar Conselhos, mas temos que lutar pela valorização, respeito, autonomia dos Conselhos. A Verª Margarete sabe que o Conselho da Cultura foi extinto no Governo Fogaça. Não é, Verª Margarete? Foi extinto. Então, este é o profundo desrespeito que esta Cidade está assistindo dos seus governantes com a sociedade civil organizada, com os Conselhos Representativos. Então, nós concordamos com este Conselho, mas temos que avaliar se ele não sobrepõe funções com o Conselho Municipal de Saúde. Acho que devemos discuti-lo. Mas o nosso papel fundamental é exigir que o Prefeito Fogaça respeite a sociedade civil e os Conselhos Municipais, pois são eles que, de fato, democratizam e são os controladores sociais sobre o Estado público.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Sofia Cavedon.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidenta da nossa Casa, Verª Maristela Meneghetti; nobres colegas Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste, estamos em uma cruzada nacional em cima do “Xô CPMF”. Temos que, de uma vez por todas, buscar a cidadania brasileira e diminuir esta penca vergonhosa de impostos que o cidadão paga. Para tanto, estou trazendo explicações plausíveis de por que o Governo teima, cada vez, em aumentar mais impostos e não querer se desfazer de uma contribuição provisória que está se tornando permanente. Todos sabemos que o País gastava cerca de 35 bilhões com a Folha de Pagamento de Pessoal em 1995. No final do Governo Fernando Henrique, isso dobrou e passou a 70 bilhões. Hoje, para este ano, estão previstos nada mais, nada menos, Ver. Dr. Raul, que 130 bilhões para a Folha de Pagamento do Brasil – 80 bilhões a mais, no Governo do Sr. Lula. Logicamente que isso faz com que tenhamos que pagar impostos - é o imposto do povo, do mais humilde ao empresário; todos pagando essa conta. E o pior: o Governo anuncia e se vangloria de ter a coragem de contratar mais 56 mil funcionários federais até 2008. Mais 56 mil funcionários federais! Ele disse, palavras dele, eu ouvi: “Tive a coragem de enfrentar as críticas da sociedade e contratar novos funcionários”, dizendo que, com isso, estaria fazendo a redução da pobreza. Esses 56 mil funcionários se somam a um total de 95 mil - precisamente 94.765 funcionários -, que ele já contratou desde o início do seu Governo, fora os cargos de confiança, fora as terceirizações! Só o incremento desses 56 mil novos funcionários, nem todos com garantia de concurso público - mais 3 bilhões e 400 milhões/ano... Vejamos, meus senhores, se o Governo pegasse esses 3 bilhões e 400 milhões e investisse na formação de mão-de-obra de alta qualidade, científica e técnica! Hoje, o nosso problema no País é o desemprego, a perda da produtividade do trabalhador! Passamos para o 65º colocado no item relativo à produtividade do trabalhador brasileiro, no índice de 14,6, enquanto que o Chile tem 30 pontos e alguma coisa... Argentina está com 25. O nosso trabalhador brasileiro está empobrecendo em cultura, está empobrecendo em qualidade de vida! Nós estamos nivelando todos para o salário mínimo, e mais os outros que nem salário mínimo possuem, contentam-se com 18 reais por mês. Eu tenho muita preocupação com o futuro do meu País. Quando eu vejo esta alavancagem de cobrança de mais impostos, mais impostos, mais impostos, sem nós podermos investir naquilo que interessa, que é a produtividade. Se nós pegássemos esses 3 bilhões e 400 milhões e investíssemos em novos empregos, porque o “Primeiro Emprego” acabou...! É um monte de programas novos que são lançados, lançados, lançados, e não saem do papel, com muito dinheiro, com muitas viagens, com muito champagne! Nós temos que voltar e olhar com mais dignidade, com o Poder Público desta Nação... Nós temos que cuidar do centavo que o povo contribui para a manutenção deste País! É somente diminuindo os gastos, diminuindo as arrecadações que nós poderemos aumentar a credibilidade do empresariado e fomentar novos empregos. Eu não quero, não quero mesmo, um País de esmoleiros contentando-se em ganhar 18 reais por mês. Mas eu acredito neste País. Acredito, porque eu acho que Deus está nos dando esta provação para nós nos acordarmos e voltarmos a valorizar o dinheiro dos impostos da nossa Nação. Muito obrigado, Srª Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Maffei): Obrigada, Ver. José Ismael Heinen.

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exma Srª Presidente dos trabalhos, Maristela Meneghetti; cumprimentando V. Exª quero cumprimentar as demais Vereadoras e os Vereadores desta Casa, público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna hoje, no período de Pauta, e vou me ater exclusivamente ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 017/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que cria o Conselho Municipal de Planejamento Familiar, Complafam, e estabelece as suas competências e sua composição e dá outras providências.

Inicialmente, Srª Presidenta, eu gostaria de me manifestar no sentido de que ocupo uma função de membro titular da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, nesta Casa, por delegação Partidária e por opção própria, e realmente entendo que Projetos de Lei como essa iniciativa do Ver. Dr. Raul devem ter o apoio desta Casa, fundamentalmente quando trata de um tema tão importante como é a questão que envolve o planejamento familiar.

Nós sabemos que hoje é um problema que vem assolando fundamentalmente jovens, as mães em idade escolar que engravidam e acabam tendo que trancar os estudos. Há toda essa problemática que envolve a gravidez precoce, a falta de um planejamento, de uma orientação, e, quando nós nos deparamos com uma iniciativa como essa, que prevê a criação de um Conselho - e nós sabemos que os Conselhos, Ver. Todeschini, trabalham no sentido de dar o norte, de dar sugestões, de dar orientações, de dar sugestões ao Poder Executivo para que, então, esse possa, através dessas contribuições, que nós podemos classificar como as contribuições da sociedade civil organizada, estabelecer as políticas públicas a serem implementadas no Município -, é oportuno que se possa estar travando esse debate aqui, na Casa Legislativa, o debate que diz respeito justamente à criação de um Conselho que possa envolver as mais diversas organizações, as mais diversas associações e clubes. Essas pessoas poderão, então, receber, de maneira conjunta, uma orientação, e poderão, também, estar organizando e coordenando juntos um trabalho de assessoria, um trabalho de serviço, um trabalho de complementação junto à Secretaria Municipal da Saúde. Nós temos certeza de que o ex-Secretário Pedro Gus, agora o Secretário Eliseu Santos, e o atual Governo Fogaça fizeram um grande esforço no sentido de implementar os implantes anticoncepcionais. Foi um projeto experimental, mas temos certeza de que, a médio e longo prazo, estaremos colhendo os frutos dessa iniciativa. Agrego-me a essa iniciativa, fundamentalmente no momento em que ela foi aprimorada e arredondada, porque houve, no início, uma certa resistência à forma como foi dado o encaminhamento e o início da campanha, mas, tenho certeza, o objetivo final merece o nosso apoio.

Eu gostaria de cumprimentar o Ver. Dr. Raul, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, por essa iniciativa, pois, em conjunto com os Vereadores Aldacir Oliboni, Vice-Presidente; Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Newton Braga Rosa, acompanha toda essa problemática que envolve a Saúde, essa crise que está instalada no nosso Estado, em que percebemos o infeliz movimento que fechou mais de 13 hospitais, Ver. Claudio Sebenelo.

Sabemos que é importante ter iniciativas como essa que permitem o debate em torno do Conselho Municipal de Planejamento Familiar e nos somarmos a essa importante iniciativa, em que poderemos aperfeiçoar e colaborar, através de emendas a esse Projeto, que, tenho certeza, terá um reflexo importante a médio e longo prazo nas gerações vindouras. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Márcio Bins Ely. Encerrada a Pauta.

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria, neste tempo de Liderança do meu Partido, PPS, comentar este novo momento que a nossa Câmara começou a vivenciar, a partir de ontem, quando o Prefeito José Fogaça trouxe a esta Casa a proposta do Projeto de Lei para a revisão do Plano Diretor da cidade de Porto Alegre.

Todos nós sabemos que um Plano Diretor é uma das mais importantes legislações do Município. É uma legislação que tem uma enorme complexidade temática e também técnica. A Lei que hoje vivenciamos é uma legislação composta por 190 artigos e trata das diversas dimensões da cidade de Porto Alegre. O documento que chegou à nossa Casa significa um importante avanço em relação à legislação que nós aprovamos na última proposta do Plano Diretor.

A proposta de revisão começou no ano de 2003, na Conferência Municipal de Desenvolvimento da Cidade, que originou algumas propostas, ainda no Executivo anterior, que foi enviado para esta Casa. Com a mudança do Governo, a Prefeitura de Porto Alegre retomou essa discussão estabelecendo internamente um intenso debate com seu corpo técnico, dividindo em cinco grandes grupos de trabalho a revisão do Plano Diretor.

No dia 27 de fevereiro deste ano, a Prefeitura começa a estabelecer com a cidade de Porto Alegre um importante debate onde apresentava a primeira sugestão para o seu aprimoramento. O Governo apresentou ao Conselho de Planejamento do Município, e mais de cem reuniões ocorreram na busca da construção de um processo extremamente democrático, para que, quando o Plano viesse para esta Casa, viesse muito mais construído coletivamente nesse processo de reuniões acontecidas nas oito regiões de planejamento de nossa Cidade. Porto Alegre é uma Cidade que tem essa estrutura; são oito Fóruns de planejamento que se reúnem, sistematicamente, numa reunião na Secretaria de Planejamento, todas as terças-feiras. Aconteceram, nas regiões de Porto Alegre, mais de cem reuniões promovidas; a grande maioria delas, pela Prefeitura, e alguns congressos, conferências e debates promovidos por entidades da sociedade civil.

Eu me recordo dos eventos promovidos para discutir esta proposta do Plano Diretor, que está entrando na nossa Casa, do seminário organizado pela Uampa, de um seminário organizado pelo IAB, de um seminário organizado pela Sociedade de Engenharia. Enfim, após todas as reuniões descentralizadas da Cidade - feitas nas oito regiões de planejamento da Cidade, de duas Audiências Públicas, a segunda, inclusive, compatibilizada através de um acordo firmado com o Ministério Público Estadual – chegou-se, enfim, à posição mais possivelmente consensuada, como conseqüência desse longo processo democrático de debate, da proposta de revisão do Plano Diretor, entregue nesta Casa, na tarde de ontem.

O Secretário de Planejamento, José Fortunati - já conversei com a Presidente Maria Celeste -, está solicitando um comparecimento, para que, na próxima segunda-feira, possamos avançar nessa discussão, com a presença de vários Secretários do Executivo. Então, de acordo com o nosso Regimento, haverá um comparecimento institucional para que possamos iniciar os debates nesta Casa a respeito do Projeto de Lei que já chegou a este Parlamento. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Srª Presidente, eu solicito, com base no Regimento, o Tempo Especial para a prestação de contas da viagem de representação.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Defiro, conforme art. 94, parágrafo 1º, letra “g”, o Tempo Especial de cinco minutos, no máximo, para relato de viagem representando a Câmara Municipal.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada, Srª Presidente. Eu achei importante a utilização desse tempo antes de entrarmos na Ordem do Dia, porque eu tive a oportunidade de receber um convite de duas entidades não-governamentais que trabalham com um movimento de mulheres em São Paulo, em parceria com a Diretoria de Assuntos Estratégicos do CIESP, da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, que promoveu na última segunda-feira um debate na sede da FIESP sobre o tema transparência e aplicação do dinheiro público. Eu, particularmente, me senti muito honrada com esse convite, na medida em que participavam dele lideranças políticas nacionais, Deputadas Federais, como a Dep. Luiza Erundina, o próprio Diretor da FIESP encarregado dessa área de estudos estratégicos, Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, entre inúmeras outras autoridades brasileiras que estavam participando daquele debate, ouvindo a Mesa, da qual eu fazia parte. Eu acho que é uma demonstração do trabalho que nós fazemos, mas também eu acho que isso tem a ver com a postura que esta Casa tem desenvolvido na condução dos seus trabalhos e da experiência republicana da cidade de Porto Alegre, que é uma cidade que prima pela criação de mecanismos institucionais de acompanhamento das políticas públicas. E isso tem ocorrido, historicamente, na cidade de Porto Alegre. Evidentemente que uma palestra, de mais de meia hora, não pode ser sintetizada nos cinco minutos de que disponho nesta tribuna, mas eu queria dizer que algumas questões que nós lá colocamos despertaram um enorme interesse da platéia que estava acompanhando aqueles debates. Eu destaco, por exemplo, o quanto é fundamental nós considerarmos o acompanhamento da população em relação às ações públicas feitas no nosso Município. E eu acho que o Município de Porto Alegre também tem a oferecer esta experiência de uma ação integrada e conjunta entre os trabalhos feitos com a participação da população com a atuação da democracia participativa, integrada à democracia representativa, aos trabalhos do nosso Parlamento. Eu, nesta oportunidade, também pude perceber a enorme atenção que a nós é dedicada quando nos apresentamos em outros Estados brasileiros, representando Porto Alegre, representando o Rio Grande do Sul. E eu colocava, naquela oportunidade, que o Brasil vive, que os Governos brasileiros, de uma forma em geral, os representantes políticos brasileiros vivem uma crise de legitimidade, e quando todos questionam a crise ética brasileira, acho fundamental que nós possamos apontar caminhos de controle social que venham a reverter este quadro político que o Brasil vive.

Destacamos que, apesar de todos os organismos institucionais de controle das ações públicas, isso não tem sido suficiente para a construção de um padrão ético na política brasileira, e que o caminho para este novo momento político que o Brasil merece passa, necessariamente, por uma maior proximidade entre os poderes públicos, entre os seus Parlamentos e a sociedade civil.

É preciso, portanto, que agilizemos, cada vez mais, a transparência das nossas ações e que radicalizemos as ações, os mecanismos democráticos, para que a sociedade possa se apropriar dos mecanismos e dos bastidores do Poder e assim, de uma forma mais próxima, com acesso a um maior nível de informação, possa se colocar como cobradora de uma política que, efetivamente, corresponda as demandas da nossa sociedade, as demandas por uma sociedade mais ética, mais transparente, mas, fundamentalmente, uma sociedade em que se reduza a gritante e inexplicável desigualdade social em que vive ainda o nosso País em pleno século XXI.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Vereadora-Presidenta, há uma semana que noto que o meu nome aparece de forma esmaecida no painel. Agora ele praticamente desapareceu. Acho que é uma discriminação!

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Já está sendo providenciado o conserto, Ver. João Antonio Dib.

Em votação o Requerimento de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das seguintes matérias constantes na Ordem do Dia: Veto Total ao PLL nº 095/06; Requerimento s/n do Ver. João Antonio Dib; logo a seguir – não consta no espelho, porém foi acordado entre as Lideranças – o Requerimento nº 109/07; Requerimento 104/07; o bloco dos seguintes Requerimentos: nº 106/07 e nº 107/07; PLL nº 243/06; PLL nº 245/06; PLL nº 070/05 e PLL nº 079/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Solicito a V. Exª que paremos os trabalhos por três minutos para que as Lideranças possam chegar a um acordo sobre o procedimento de um Projeto que está para ser votado. Obrigada.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Está deferido. Mas o Projeto está na pauta e será votado hoje, porque acabamos de aprovar.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Exatamente, é só sobre o mérito.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h19min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às 17h27min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2283/06 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 095/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que altera a Lei nº 2.312, de 15 de dezembro de 1961, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo, o qual se reunirá com quórum mínimo de nove Conselheiros.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Almerindo Filho: pela manutenção do Veto Total;

- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela manutenção do Veto Total;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Margarete Moraes: pela rejeição do Veto Total (empatado).

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 30-08-07.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 04-09-07 (terça-feira).

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 095/06 com Veto Total. (Pausa.) A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir o PLL nº 095/06 com Veto Total.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Srª Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, na verdade, nós, a Bancada da oposição, acreditamos que houve um equívoco por parte do Executivo Municipal ao vetar este Projeto que havia sido aprovado por unanimidade, nesta Casa, de autoria do Ver. Carlos Todeschini. Consideramos que tem mérito, que é um Projeto necessário, democrático, sem vícios de origem, que não tem custo para o Governo e que visa a aperfeiçoar e qualificar o Conselho Deliberativo do DMAE, através de uma representação do CREA. O CREA é a entidade mais importante que envolve os engenheiros e os arquitetos do Rio Grande do Sul, e é merecedora disso.

Este Projeto foi amplamente debatido nesta Casa, inclusive, nas discussões em Pauta, eu lembro, foi elogiado, houve algumas pequenas dúvidas, mas ninguém se colocou contra. Se nós lermos as razões deste Veto, nós podemos perceber que o Prefeito Fogaça assinou sem saber, de fato, sobre o conteúdo dessas razões, porque ele reconhece o mérito do Projeto, diz que vai enviar um projeto idêntico para esta Casa, porque aperfeiçoa; e não tem, como eu disse, nenhum vício de origem e não contraria o interesse público, mas as explicações estão contraditórias. Nós temos certeza de que, às vezes, com tantas atividades, é impossível para o Prefeito ler tudo aquilo que a sua assessoria escreve, portanto tenho a impressão de que houve uma confusão, o que é compreensível.

O Ver. Todeschini me sinaliza no sentido de que há um acordo; que bom! Quero que os Vereadores e Vereadoras, desta Casa, com toda tranqüilidade, se dêem conta da importância deste Projeto, e que, nesse sentido, em comum acordo com a base aliada, nós possamos derrubar este Veto, porque, de fato, foi um grande equívoco, ou um pequeno equívoco, desse Governo, já reconhecido aqui pela base do Governo. Obrigada, Verª Maristela.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Margarete Moraes.

A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir o PLL nº 095/06 com Veto Total.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós estamos discutindo, aqui, um Veto a um Projeto que trata do Conselho Deliberativo do DMAE, que trata do quórum necessário para a realização desse Conselho, da validade das suas reuniões e da introdução do CREA nesse Conselho. Houve um Veto do Executivo, porém, dentro do processo democrático das discussões que fizemos - aliás uma das ferramentas do Legislativo brasileiro é a discussão como busca de esclarecimento –, conversando, agora, com o Prefeito José Fogaça, fizemos uma avaliação de que é melhor, para um aprimoramento do Projeto que trata desse assunto, que nós derrubemos o Veto, por um acordo, porque aí teremos mais tempo para refazer essa proposta com mais tranqüilidade, para que a gente possa contribuir para o fortalecimento do Conselho, para a permanência do CREA e também para que todos nós, Vereadores e Executivo, possamos nos apropriar melhor dessa discussão, que foi trazida a esta Casa pelo Ver. Todeschini e que discutimos com o Ver. João Dib.

Para sintetizar, nós queremos expressar aqui a nossa posição, em nome do Governo, que é a de, por um acordo, fruto do diálogo democrático entre os Poderes, nós derrubarmos o Veto e depois reconstituirmos o diálogo.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, quero parabenizar V. Exª e também, acho, a Casa toda. Isso demonstra a grandeza do nosso querido Prefeito: por uma iniciativa do Ver. Todeschini, ele entendeu a qualidade do Projeto. Isso é que é grandeza de pessoa. Sou grato a Vossa Excelência.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada, Vereador.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação nominal, solicitada pela Presidência, o PLL n° 095/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO o Projeto por 25 votos SIM; 1 voto NÃO. Rejeitado o Veto. Parabéns, Ver. Todeschini.

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. s/n.  (Ver. João Antonio Dib) – requer Regime de Urgência para o PLE 13/07 - Processo Nº 4354/07, que adapta o Plano Classificado de Cargos dos Funcionários do Departamento Municipal de Água e Esgotos à Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, em decorrência das alterações provocadas pela Lei nº 7.691, de 31 de outubro de 1995.  (incluído em 20-08-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento s/nº, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que requer Regime de Urgência para o PLE nº 013/07 – Processo nº 4354/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 109/07 – (Proc. Nº 6621/07 – Ver. Carlos Todeschini) – requer Moção de Solidariedade ao povo peruano, em especial aos familiares das vítimas do terremoto ocorrido no Perú, no dia 15 de agosto de 2007, nas cidades de Ica, Pisco, Chincha e Cañete.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento nº 109/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Haroldo de Souza.

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 104/07 – (Proc. Nº 6197/07 – Ver. Adeli Sell)  requer Moção de Solidariedade ao Estado do Piauí pelas declarações do presidente da Philips. (incluído em 27-08-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento nº 104/07, de autoria do Ver. Adeli Sell. (Pausa.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Presidenta, que declarações são essas? Eu não as conheço.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Vossa Excelência teria que ler o Requerimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: O Processo tem que estar completo, ele tem que vir instruído com as declarações que nós estamos repudiando e tudo, porque, se não, estaremos repudiando alguma coisa aqui que metade do Plenário, pelo menos, não sabe.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Foram dadas cópias aos Vereadores, com 48 horas de antecedência.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Olha, tem que estar no plenário aqui, eu não tenho no plenário, e duvido que a metade dos Vereadores tenha no plenário o texto que estamos repudiando.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): É de solidariedade. Requer Moção de Solidariedade ao Estado do Piauí pelas declarações do Presidente da Philips; todos os Vereadores recebem cópias dos Projetos.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Qual é essa Declaração, Srª Presidenta?

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, não sei se cabe, mas eu posso recordar, Ver. Braz, que, numa fala infeliz, o Presidente da Philips, ao discutir, no Movimento Cansei, que ele estava cansado com o que ocorria no País, disse que o Piauí tinha muitas situações complicadas e que, se o Piauí desaparecesse, ninguém iria sentir a sua falta. Foram nesse teor as declarações do Presidente da Philips.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Verª Sofia, pelo esclarecimento, embora todos os Vereadores tenham recebido cópia do Requerimento.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento n° 104/07, de autoria do Ver. Adeli Sell. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação, em bloco, o Requerimento n° 106/07 e o Requerimento n° 107/07. (Pausa.)

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Srª Presidenta, eu gostaria que fossem divididos para votação.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Acolho e defiro o seu Requerimento.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sumariamente, Presidenta?

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Sumariamente, Vereadora.

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 106/07 – (Proc. Nº 6344/07 – Verª Maristela Maffei) – requer que o período de Comunicações, no dia 08 de outubro de 2007, seja destinado a assinalar o transcurso do 40º aniversário da morte de Che Guevara. (incluído em 03-09-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento n° 106/07, de autoria da Verª Maristela Maffei. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. Haroldo de Souza.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Presidenta, queria registrar aqui a preocupação da Verª Maristela Maffei, que disse que iria “chorar” quando viu que eu votei contra. Acho que o Plenário não deve ser levado em brincadeira. Minha amiga Maristela Maffei, isso aqui está virando brincadeira!

 

REQUERIMENTOS - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 107/07 – (Proc. Nº 6473/07 – Ver. Marcelo Danéris) – requer que o período de Comunicações, no dia 27 de setembro de 2007 seja destinado a assinalar o transcurso do 80º aniversário do Auditório Araújo Vianna. (incluído em 05-09-07)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em votação o Requerimento n° 107/07, de autoria do Ver. Marcelo Danéris. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com o voto contrário do Ver. Haroldo de Souza.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5921/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 243/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que institui o Dia Municipal do Diálogo Inter-Religioso e de Oração pela Paz, a transcorrer no dia 27 de outubro de cada ano, que passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mário Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-08-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL n° 243/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5923/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 245/06, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que institui, no âmbito do Município de Porto Alegre, 2007 como o Ano de Combate ao Tabagismo, revoga a Lei nº 7.055, de 28 de maio de 1992, e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relatora Verª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Claudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-08-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 245/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1461/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/05, de autoria do Ver. Mario Fraga, que define a Política Municipal de Apoio ao Cooperativismo e dá outras providências. Com Substitutivo Nº 01 (M.Fraga e M.B.Ely).

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 07-12-05.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 070/05 e o Substitutivo nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 070/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2553/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 079/07, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que altera a ementa e o art. 1º da Lei nº 9.222, de 6 de janeiro de 2006, que institui, no Município de Porto Alegre, no período de 08 a 14 de setembro de cada ano, a Semana Cidade Limpa, alterando o período de realização do evento e estabelecendo seu objetivo. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 03-09-07.

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Em discussão o PLL nº 079/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01 do PLL nº 079/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h49min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti – às 17h51min): Estão reabertos os trabalhos.

Apregôo a Emenda nº 05 ao Projeto de Lei do Executivo n° 016/07, Processo nº 6.192/07, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para 2008 e dá outras providências. A Emenda n° 05 é de autoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Sindisaúde do Rio Grande do Sul e Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul.

Visivelmente não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h52min.)

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